Por Vagner Pitta & Luís Delcides
Fotos: Mila Maluhy
O apoio que a MTV deu à iniciativa do Blog Farofa Moderna em 2009 e 2010, nos proporcionou muitos bons frutos: além da credencial para conhecer e entrevistar músicos, documentar shows e estar antenado com o cenário e os bastidores, tivemos o privilégio de divulgar essa forma de arte chamada jazz para mais pessoas interessadas, as quais, antes, só tinham ouvido falar de um ou outro panteão de ouro – Miles Davis, por exemplo, sempre foi o músico mais superestimado na mídia mundial e, portanto, o mais conhecido pelo público em geral. Pois bem, essa galera “mais esperta” (constituída, em sua maioria, de jovens que vão de adolescentes a pessoas na casa dos 40 anos de idade), que usa a internet para conhecer meios alternativos de arte – como o jazz e a música instrumental brasileira –, agora tem a oportunidade de estar antenada não só com a história do jazz, mas principalmente com o jazz contemporâneo: o som feito pra nós e com as características populares do nosso tempo, já que o jazz é nada mais do que uma música-arte que desde sempre se baseou na cultura popular americana – hoje juvenilmente entendida como a “cultura pop”, o cerne principal da MTV. E no primeiro dia do Brigestone Music Festival, acontecido de 19 à 22 de Maio de 2010, eu e o fotógrafo-jornalista Luiz Delcides, responsável pelo site de eventos Paulicéia do Jazz, conversamos com o trompetista Christian Scott, um dos novos músicos adeptos à tendência de fazer um “novo jazz”, onde as influências da cultura pop e da chamada música urbana (o neo-soul, o hip hop, a música eletrônica) são os elementos principais.
O Bridgestone Music e a Mídia

É sempre maravilhoso escutar um swingão, um hardbop dos anos 50 com solos transcendentais de John Coltrane e Lee Morgan “quebrando tudo”! Mas esse som, que antes era antenado com a soul music e a cultura popular da sua época, já está eternizado na história do jazz, enquanto o jazz atual, repleto de músicos excepcionais e inovadores, precisa de mais atenção na grande mídia para que mais pessoas cheguem até ele. E o festival Bridgestone Music, se não tivesse sido interrompido em 2011, já se configuraria como um dos mais importantes eventos do gênero na América Latina, um evento de nível internacional patrocinado pela Bridgestone Brasil, que foi idealizado para não deixar o público brasileiro de “mãos abanando” em termos de jazz contemporâneo: tanto que o requinte, o sucesso e o clima de ineditismo com os quais essa terceira edição se realizou, só evidenciaram que no Brasil há, definitivamente, um público ávido, uma demanda por esse tipo de música. Mas os canais midiáticos ainda precisam atualizar esse público. Aliás, em se tratando da mídia como um todo, da mesma forma que canais do pop e rock – como a MTV, por exemplo, – já não vêem mais lógica em falar do rock’n’roll de Elvis Presley e Beatles mais do que falam de bandas de rock contemporâneo como Radiohead e The Libertines – a não ser em um ou outro programa ou documentário especial –, os divulgadores mais reacionários do jazz aqui no Brasil deveriam “cair na real” e parar com a repetição de falar sempre e sempre e sempre do jazz de 50 anos atrás, de jazzistas como Miles Davis, John Coltrane, Billie Holliday e etc. No jazz, mais do que em qualquer outro gênero musical, é importantíssimo nunca se esquecer dos mestres e da história, mas os divulgadores deveriam ter, pelo menos, um equilíbrio em mostrar tanto a tradição quanto o atual, pois o jovem também quer conhecer a música da sua época, a música que tenha sua cara, a música que sintetize seu atual contexto social; e os novos músicos e as novas bandas, por suas vezes, precisam formar seus públicos. Esses divulgadores deveriam, portanto, mostrar mais bandas e músicos do jazz contemporâneo, pois o que presenciamos na mídia especializada em música no Brasil é que ou ela nunca fala de jazz ou, quando fala, é sempre sobre o jazz dos anos 50 e 60, enquanto novas bandas e novos músicos que estão mudando a cara do jazz nos últimos anos ficam à mercê, são desprezados. Atualmente, aliás, quem faz esse papel de informar previamente as pessoas sobre o jazz contemporâneo é a internet: os poucos sites, blogs e portais que constituem a chamada “mídia alternativa”, onde as pessoas mais curiosas acabam encontrando arte e cultura de qualidade. Mas há, com a tendência da plena inclusão digital no Brasil, uma demanda crescente de pessoas que gostam de jazz – ou que estão procurando conhecê-lo – e querem estar por dentro, sim, do que anda acontecendo atualmente com essa música que é um fenômeno mundial. E foi exatamente o resultado desse paradigma que presenciamos na terceira edição do excelente e extinto Bridgestone Music Festival, acontecido do dia 19 ao 22 de Maio de 2010 no bairro de Moema, em São Paulo: só uma minoria – digamos que 1/3 da galera – conhecia, efetivamente, o som de Christian Scott, Don Byron, Dave Holland, Jason Moran, Christian McBride e outros músicos presentes no evento; a grande maioria das pessoas que foram prestigiar o festival até tinham a informação de que aquele evento acabava de lhes dar a oportunidade de presenciar importantíssimos músicos do jazz contemporâneo, mas elas não tinham nem idéia de como se configura o jazz atualmente – muitas nunca nem tinham ouvido tais músicos, e outro tanto delas, movidas pelo glamour do evento, estavam ali em sua primeira audição “live” em relação à uma banda de jazz. O festival, em si, foi um sucesso: o organizador acertou na escolha de músicos criativos, grandes portais e jornais – como o Estadão, Folha, Jornal da Tarde, Jornal do Brasil, Radio Eldorado, MTV e o Portal UOL – o divulgaram, os ingressos foram bem procurados, a produção foi excelente e pontual nos bastidores e o público, mesmo os que não conheciam tanto o jazz, mostraram entusiasmo nos shows, o que mostra que as pessoas não precisam ser ricas ou intelectuais pra começar a ouvir e curtir jazz. Mas é óbvio que depois do evento, ao fazer nossas reflexões, concluímos que se a mídia brasileira já tivesse o hábito de divulgar mais a música instrumental que anda acontecendo – mesmo que ocasionalmente –, o público do jazz e da música instrumental brasileira seria bem maior e bem mais informado. Pessimista com essa situação, um colega, o músico Rubens Akira, chegou a dizer que muitas pessoas chegaram ali no Bridgestone Music achando que iam ouvir algo parecido com aquele tipo de música divulgado na excelente série/ coleção “Clássicos do Jazz” do Jornal Folha de São Paulo, porque o ultimo grande feito da mídia com relação à divulgar o jazz massivamente foi, justamente, esse tipo de série promocional que a Folha lançou alguns anos atrás, e muitas pessoas ali presentes acharam que iam compreender aqueles sons simplesmente por terem uma coleção de clássicos do jazz em sua estante . Exemplo: não fossem os críticos, os blogueiros e os divulgadores mais antenados, poucas pessoas seriam capazes de enxergar as influencias de Miles Davis no som de Christian Scott apenas por ter adquirido o CD dessa coleção que vem com um encarte e uma compilação de temas do mítico trompetista. Mas se por um lado a Folha lançou essa coleção promocional sobre os mestres do jazz – com CD’s de Miles Davis, John Coltrane, Art Blakey, Chick Corea, John McLaughlin, Herbie Hancock e etc –, por outro lado em seu editorial o jazz e a música instrumental brasileira não têm nenhum espaço regular ou ocasional, a não ser quando um ou outro jornalista mais antenado resolve usar o rodapé do jornal para registrar o óbito de algum músico representativo ou quando há um evento anual, há algum festival importante, como aconteceu com o Bridgestone: aí nosso colega, o jornalista Fabricio Vieira ou jornalistas veteranos do porte de Roberto Mugiatti, por exemplo, têm a oportunidade de usar um pequeno espaço no caderno Ilustrada ou do caderno de cultura do Estadão pra tratar o jazz com o devido respeito e atenção que ele merece. Resultado: como o Estadão, a Folha, a Abril e todos os grandes veículos jornalísticos segregam a música instrumental contemporânea, documentando apenas o sertanejo, o pop e rock internacional, a maioria do público do jazz só conhece bossa nova (porque essa ainda é divulgada ocasionalmente como se fosse a ultima cereja da cultura e canção brasileira), o jazz produzido nos anos 40, 50, 60 e o fusion comercial dos anos 70 – como se o jazz contemporâneo e a música instrumental produzida no Brasil nessas últimas décadas fossem algo inferior ou não merecessem nenhuma atenção. Se em São Paulo há esse descaso, nesse sentido os cariocas interessados em música instrumental – ao menos os que lêem jornal – têm o privilégio de estarem antenados através da coluna dominical que o jornalista Luiz Orlando Carneiro – também um dos presentes no Bridgestone – mantém no Jornal do Brasil, onde são divulgados novos discos, novos músicos e novos acontecimentos do jazz em território nacional e internacional. Já para os visitantes do Blog Farofa Moderna, não existe esse problema, pois em três anos de existência, e agora com o apoio da MTV, conseguimos atingir a meta de ser um espaço alternativo para pessoas que gostam de jazz: e nossa meta tem sido alcançar a excelência em informar os apreciadores sobre o que anda acontecendo no jazz contemporâneo – tanto, que músicos como Christian McBride, Dave Holland, Jason Moran, Don Byron e Uri Caine, todos os presentes no Bridgestone Music 2010, já vinham sendo mostrados aqui a bastante tempo.
Entrevista com Christian Scott

Ao encontrarmos com o trompetista Christian Scott, após o ensaio para a passagem de som, falamos do Blog Farofa Moderna e do site de eventos Paulicéia do Jazz. Falamos de como o jazz era visto como uma musica elitista no Brasil. Ele, curioso, por se tratar de um blog ligado à MTV: disse que divulgar aos jovens, independente de classes, era o caminho. Eu disse que fazíamos nossa parte e estávamos dando uma pequenina contribuição, oferecendo 80 ingressos gratuitos para os visitantes do blog Farofa Moderna e do Portal MTV através de um concurso cultural. Ele elogiou nossa iniciativa e disse que “gostaria muito de conversar com essa galera” (os ganhadores dos ingressos). A entrevista com Christian e seu quinteto – composto por jovens de 20 a 27 anos – começou em tom de conversa, já que eu estava sem o equipamento de gravação. Já no camarim, o jornalista Luiz Delcides nos apresentou e deu às boas vindas aos membros da banda. Minha primeira observação foi a respeito do curioso design do trompete de Christian, que ele mesmo nomeou como “Katrina” (em alusão ao tsunami que devastou New Orleans em 2005): ele disse ter se inspirado no trompete de Dizzy Gillespie, mas o design era dele mesmo. Também perguntei de onde vinha aquele sopro intimista, quando ele sopra suave, a maioria das vezes com surdina, e sai “ar” e “som” juntos (conferir isso na balada “Isadora”): ele me disse que essa técnica de sopro se chama “whisper” e o primeiro músico a desenvolvê-la foi, curiosamente, o trompetista Clifford Brown – depois, Miles Davis seria um dos grandes adeptos. “Por falar em Clifford Brown, quais os trompetistas que lhe influenciam? Miles Davis seria o principal deles”? Christian me disse que não gostava dessa palavra “influência”, pois a achava “perigosa”, tendenciosa; disse-me que eles não queriam ser vistos como uma “influência” de algo já estabelecido, mas queriam ser vistos como eles mesmos. Retifiquei-me, substituindo a palavra “influência” por “inspiração”. Ele sorriu e disse-me: “Ah ok, ok, essa palavra é bem melhor...bem, não só Miles Davis me inspira, mas também Dizzy Gillespie, Clifford Brown e Booker Little – você conhece Booker Little? Antes que eu respondesse, Christian olhou para o baterista e disse: “Pergunte algo à esse cara; ele é o grande cara da banda, ele é a nossa grande influência” – todos eles deram risadas quase em tom de algazarra. Perguntei ao baterista Jamire Williams qual musico da história do jazz o inspirava e também perguntei, descaradamente, onde estava o “swing” da banda e a resposta foi: “Não ligamos pra essa coisa de swing, cara! Mas um cara que me inspira é o baterista Baby Dodds”. Fiquei curioso pelo fato dele citar um dos primeiros grandes bateristas do jazz: Baby Dodds. Em seguida, para provocar mais ainda eu lhes joguei a máxima: “Mas o Wynton Marsalis diz que jazz sem swing não é jazz”. Christian Scott olhou para os companheiros, todos olharam pra ele desconfiados e deram risadas quase em tom de algazarra, outra vez. Christian virou pra mim e disse: “Ok, man! He said that...voce conhece Louis Armstrong? Voce conhece Kid Ory? Eles foram músicos do início, anos 10 e 20, quando essa música já se chamava jazz, e no som da época deles ainda não tinha o swing. O swing foi um elemento que surgiu depois; então não precisamos ter esse “swing” pra sermos rotulados como músicos de jazz”. Falei que conhecia, sim, Louis Armstrong e Kid Ory e aproveitei, para perguntar se ele, por nascer em New Orleans, se sentia influenciado pela tradição dos trompetistas da cidade e pela riqueza cultural que sempre existiu por lá: “Sim, de certo modo fui influenciado, pois nasci em New Orleans e meu tio (o legendário saxofonista Donald Harrison) e meu pai, Clinton Scott, eram músicos, saxofonistas. Mas apesar de ter tido educação musical em casa, nós não tínhamos muitas condições; após a high scholl tive que me mudar de New Orleans para estudar na Berklee School of Music em Boston e, depois, para Nova Iorque para tentar ganhar algum dinheiro; por isso não me vejo como um músico representante de um lugar só.” Em seguida, perguntei sobre a concepção da banda: “Vocês usam batidas de hip hop e elementos do rock e da música pop, como, por exemplo, a canção “The Eraser”, de Thom Yorke (vocalista do Radiohead), umas das faixas do seu último disco Yesterday You Said Tomorrow. Isso é uma tendência ou uma tentativa de deixar o som mais acessível aos jovens? Qual o contexto da banda?”O guitarrista Matthew Stevens tomou a frente para explicar: “Nós não estamos preocupado com os rótulos; queremos apenas fazer a música que tenha a ver com nosso contexto, por isso usamos tais elementos, pois crescemos ouvindo rock, pop e hip hop, mas nada disso importa mais do que nossa música”. Christian Scott, por sua vez, emendou dizendo: “Cada músico da banda é também compositor, e eu escrevo a maioria das músicas. O que importa pra gente é a improvisação, é criar nossa música com a nossa história”. Em seguida falei que os pianistas Robert Glasper e Aaron Parks pareciam trilhar o mesmo caminho. Perguntei pra eles o que eles achavam do jazz dos últimos anos: eles disseram que não se interessavam pelo jazz dos outros músicos e que tinha muito “lixo” acontecendo; disseram que não iam opinar sobre outros músicos, que podiam falar apenas da música deles e que eles nem gostam tanto de ouvir o jazz produzido nessas ultimas décadas, preferiam ouvir outros estilos de música (bandas pop, hip hop e etc). Perguntei ainda ao Christian: “Se você pudesse dizer algo para os jovens brasileiros, para que eles ouvissem mais jazz, o que você falaria? Christian apenas me disse: “Não falaria nada, pois, se eu falasse, eles não iam obedecer – os jovens não obedecem imposições –; o que podemos fazer é apresentar nosso som e deixar que as pessoas escolham ou não escutar nosso jazz”. O jornalista Luiz Delcides encerrou a entrevista perguntando quais músicos brasileiros eles gostavam: Christian Scott citou Seu Jorge; o guitarrista citou Romero Lubambo e “um músico branco de cabelão até os ombros”. Perguntei: “Seria o Hermeto Pascoal?”. Ele disse: “Yes, yes, he is a genius; he is too crazy, man”! Luiz Delcides os alertou para o fato de que Hermeto Pascoal estaria em São Paulo na semana seguinte fazendo apresentações em uma das unidades dos Sescs da cidade. Eles lamentaram dizendo que não poderiam vê-lo porque teriam que ir direto para Nova Iorque. Saímos de lá com a seguinte conclusão: enquanto esses músicos, jovens, querem fazer um som atual, necessariamente rebelde, e querem virar a página dos anos 80 e 90, nós brasileiros ainda estamos focados no jazz dos anos 60...
Christian Scott Quintet: o Show

O show de Christian foi estupendo. Esteticamente, já sabíamos que as inspirações no acid jazz, no fusion, no pop e hip hop lembram a ultima fase de Miles Davis, só que a sonoridade acústica, a interatividade dos músicos e a quantidade de improviso afastam-nos da possibilidade de acharmos o jazz do Christian Scott Quintet uma música de teor estritamente comercial, como foram alguns projetos da fase pop de Miles. E no show, imperou a arte. As baladas encantaram os mais serenos. Lampejos de funky, hip hop e texturas do pop e rhythm’n’blues ficaram evidentes, mas ficou óbvio para o público, principalmente aos que já conheciam a banda ou algo de jazz contemporâneo, que a concepção ali era transformar esses elementos em algo estritamente instrumental, algo estritamente jazzístico e contemporâneo -- algo que os críticos norte-americanos ja rotularam de "New Fusion". Mas os temas e os improvisos foram totalmente acessíveis às pessoas, apesar da estética contemporânea. Enquanto solista principal, o trompetista Christian Scott não foi aquele improvisador de sequências abruptas de notas ou de fraseados intrincados – algo que, realmente, não é sua característica –, mas seus solos, a maioria composto por notas longas e melódicas, se limitaram à ditar dinâmica da banda: ditando quando que ela poderia soar mais suave e ou com mais intensidade. A influência de Miles Davis no uso da surdina, no registro médio e no uso de escalas ficou evidente no trompete de Christian; mas ele também mostrou quase a capacidade de um Dizzy Gillespie no quesito de atingir as notas mais agudas com uma sonoridade forte e penetrante, momentos esses onde os músicos atingiram um certo clímax e a platéia os presentearam com palmas efusivas. O baterista Jamire Williams era o que dava a intensidade sonora junto ao trompete de Christian: sua bateria era ritmicamente carregada e conseguia evidenciar os ritmos citados, sem impor um groove ou um swing repetitivo. Já a função do guitarrista Matthew Stevens foi “temperar” a banda com uma textura mais “elétrica” e “rocky”, sutilmente psicodélica em algumas partes. Quanto ao repertório, composto quase inteiramente por composições próprias, os destaques foram os temas K.K.P.D, onde o baterista aplicou uma explosiva introdução, e a bela balada “The Eraser” (canção de Thom Yorke, da banda Radiohead). Porem, em determinado momento, Christian incitou os colegas a tocarem algo no ritmo do bebop, puxando um tema de Miles Davis, “Milestone”, o que provocou uma salva de palmas na platéia – aí o trompetista realmente impressionou com frases mais cheia de notas, uma certa dose de bop virtuosístico. Em suma, o Christian Scott Quintet impressionou os que não os conheciam e superou as expectativas de quem já tinha adquirido seus discos. Não foi um show de exibicionismo técnico. Foi um show de mais dinâmica, mas com muitos momentos de êxtases. Foi uma das mais aplaudidas entre as oito bandas que participaram da 3ª edição do Brigestone Music. Para quem não foi ao show e quer conhecer o som do Christian, só acessar o link abaixo e ouvir um podcast no Blog Farofa Moderna do Portal MTV.