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Perfil: o pianista Dave Brubeck, o saxofonista Paul Desmond e o quarteto ímpar – literalmente ímpar !!!

Dave BrubeckPaul Desmond

  The Way You Look Tonight [Jazz At Oberlin, 1953] Blue Rondo a La Turk [Time Out, 1959] Take Five [Time Out, 1959] Far More Blue [Time Further Out, 1961] Unsquare dance [Time Further Out, 1961] Bru's boogie woogie [Time Further Out, 1961] It's A Raggy Waltz [Dave Brubeck Quartet at Carnegie Hall] Tokyo Traffic [Jazz Impressions of Japan, 1966] Coração Sensível [Bossa Nova USA, 1962] World's Fair [Time Change, 1963] Shim Wa [Time Change, 1963] Tritonis [Tritonis, 1980]


Sejam  bem vindos a mais um dos nossos programas de podcasts (originalmente gravado para o Portal MTV, entre o final de Dezembro e Janeiro, no Ano Novo de 2010)! Aqui, lhes apresentarei mais um programa da série perfil: dessa vez falando do grande pianista Dave Brubeck e do saxofonista Paul Desmond. Junto com Paul Desmond, seu amigo dos tempos do serviço militar, Dave Brubeck começou sua carreira no início dos anos 50 na região do west coast americano, ou seja, em San Francisco, na costa oesta dos EUA. Em 1951 ele fundou, com Paul Desmond, um quarteto que seria uma das maiores bandas da história do jazz. Neste podcast exploro o período de 1953 à 1963 desse quarteto, mostrando as características das composições do pianista Dave Brubeck e dos seus sidemans.

Revista Time - Novembro de 1954
Inicialmente, Dave Brubeck mostrou um jazz antenado com a galera do West Coast, que caminhava entre o estilo virtuoso do bebop o cool jazz, um estilo de jazz composto por baladas e por temas com um swing mais relaxado, mais lento e suave. Aliás, é interessante lembrar que desde 1945 -- quando o saxofonista Charlie Parker inventou o bebop -- era muito comum uma rivalidade entre músicos negros de Nova Iorque e os músicos de San Francisco ou Los Angeles: os músicos negros diziam coisas como "os brancos não sabem swingar como os negros"; enquanto os músicos brancos diziam que "os negros são virtuoses, mas não tinham lirismo".  Na verdade a grande sacada de marketing de Dave Brubeck foi mostrar essa capacidade  -- de que eles sabiam tocar com tanta energia e swing quanto os negros -- em escolas, colégios e universidades americanas, mostrando pra nova geração dos anos 50 um jazz de  grande originalidade e emoção, algo que logo chamaria a atenção da mídia americana - aliás, não é a toa que já em 1954 Dave Brubeck foi capa da revista Time.

Em meados dos anos 50 -- mais ou menos em 1957 --, o quarteto de Brubeck se estabilizou com sua formação fixa que durou mais ou menos até 1967, tendo Dave Brubeck ao piano, Paul Desmond no saxofone alto, Eugene Wright no contrabaixo e o notável Joe Morelo na bateria. Com essa formação, Dave Brubeck gravou seu álbum clássico Time Out -- o primeiro álbum de jazz a ganhar um disco de platina por vender um milhão de cópias em entre 1957 e 1958 --, entre outros trabalhos notáveis como  o disco Time Further Out, Time Changes e  Jazz Impressions of Japan. Esses trabalhos lançados a partir de 1959 são caracterizados por temas em compassos ímpares como 5/4, 7/4, 9/8, entre outros compassos um tanto inusuais na época. Uma curiosidade interessante é que a capa desses discos foram ilustradas com amostras de pintura contemporânea: Dave Brubeck adorava o pintor espanhol Miró, por exemplo.

É preciso ressaltar ainda que tanto Dave Brubeck quanto Paul Desmond, eram caras de notáveis virtudes. Brubeck tinha um estilo percussivo de tocar piano, ou seja, ele quase sempre improvisava atacando acordes inteiros e não notas soltas como os outros pianistas; é sabido também que ele compunha e tocava quase sempre "de cabeça", ou seja, ele não sabia e nem gostava de ler partitura (mesmo depois se cursar a universidade) mas, mesmo assim, foi um grande compositor -- inclusive, várias das suas composições viraram standards eternos do jazz. Já Paul Desmond era um cara tímido e quieto, mas era rodeado de lindas mulheres da mídia americana; sem contar que quando ele tocava seu sax alto a galera pirava com seu som limpo, lírico, sentimental e cristalino -- seu som e seus improvisos era tão impactantes que até Charlie Parker chegou a admitir ser seu fan antes de falecer. Então é isso aí: como a internet dispõe de vários sites   que contém ótimas biografias de Dave Brubeck e sua banda, acho que as pinceladas acima já são o suficiente para ilustrar nosso áudio. Boa audição!


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