Como nossos queridos -- e mais vívidos -- visitantes devem ter percebido, um dos mais novos atrativos do blog é a ênfase que estamos dando em música erudita: moderna e contemporânea. Iniciamos esta faceta falando de compositores como o italiano Luciano Bério, os americanos Frank Zappa e Wynton Marsalis e o russo Alfred Schnittke, mostrando aspectos pessoais das suas obras. E para incitar mais ainda as audições neste divino campo musical, criei um canal na nossa página de RÁDIO & PODCAST que abrigará seleções mensais de música erudita moderna e contemporânea. Para iniciar neste mês de junho, selecionei trechos de obras de cinco compositores, os quais estão relacionados abaixo e dos quais já citei ou já abordei.
Para saber mais e/ou ouvir as faixas de forma avulsa, basta clicar sobre as imagens dos compositores e os respectivos discos. Para ouvir o canal de rádio com todas as faixas acesse a página RÁDIO & PODCAST.
Para saber mais e/ou ouvir as faixas de forma avulsa, basta clicar sobre as imagens dos compositores e os respectivos discos. Para ouvir o canal de rádio com todas as faixas acesse a página RÁDIO & PODCAST.
Estética: poliestilismo, colagem, experimental
Executante: Pierre Boulez & Orchestre National de France
Sinopse: Composta para o 125º aniversário da Filarmônica de Nova Iorque e para ser estreada em homenagem a Martin Luther King, a Sinfonia de Bério constitui-se de cinco movimentos – numa estrutura totalmente herege em relação à estrutura sinfônica clássica – e reúne um conjunto de recortes oriundos de obras de compositores da música classica, romântica e moderna, bem como engloba frases recitadas de livros de Samuel Beckett, James Joyce e etc.
Estética: minimalismo
Executante: Ensemble Modern
Sinopse: Uma das peças mais executadas do compositor John Adams, Shaker Loops foi composta inicialmente para um septeto de cordas (tres violinos, uma viola, dois violoncelos e um contrabaixo), mas depois expandida para uma orquestra deste naipe. Nesta peça o compositor tenta criar efeitos cintilantes como os efeitos de uma cascata, usando as pulsações dos arcos através do procedimento de repetições do minimalismo.
Estética: modernismo, eletroacústica e etc...
Executante: Riccardo Chailly & Royal Concertgebouw Orchestra
Sinopse: Encomendada para a Boston Symphony Orchestra, e estreada sob direção do maestro Leonard Bernstein, esta sinfonia é um clássico do século XX. Uma das suas peculiaridades é o uso do instrumento Ondas Martenot, sendo, portanto, uma peça pioneira no que diz respeito ao uso de recursos eletrônicos e eletroacústicos. O título da peça provém de duas palavras de sânscrito, turanga e lîla, que em conjunto significam algo como "canção de amor e hino de alegria...". Uma peça inspirada na fábula de Tristão e Isolda.
Estética: poliestilismo
Executante: The URSS Ministry of Culture Orchestra
Sinopse: Assim como sua ruidosa Sinfonia Nº 1, nesta sua terceira sinfonia o compositor russo Alfred Schnittke nos mostra um claro exemplo da ténica do poliestilismo. Através dessa técnica, o compositor misturava procedimentos das músicas barroca, clássica, romantica e moderna numa mesma peça, às vezes usando colagens/citações diretas de partes de peças de outros compositores. Ao contrário da Sinfonia Nº1, esta terceira não usa colagens: apenas alusões indiretas, compostas pelo próprio Schnittke.
Estética: ecletismo, contemporâneo
Executante: Ensemble Modern
Sinopse: As peças de Zappa se dividem entre aquelas que ele compôs direcionadas somente para orquestra erudita e outras que ele compôs para formações instrumentais iconoclastas, mais ligadas ao rock, mas com desenvolvimentos intrumentais sofisticados. O álbum ao lado, por exemplo, contém peças que foram tiradas de álbuns como Studio Tan e Jazz From Hell e re-arranjadas pelo Ensemble Modern. As influências do rock e do jazz são bem audíveis.
Estética: nacionalismo, contemporâneo
Executant: Orion String Quarte
Sinopse: Baseado na cultura e comunidade creole de New Orleans do início do jazz com seus prostíbulos (chamados "Balls") e suas prostitutas creoles (chamadas "Octoroons"), Wynton Marsalis se inspirou nas miscigenações -- entre música folclórica e camponesa com a música erudita moderna -- de Bela Bartók (1881-1945) e Antonin Dvorák (1841-1904) para compor esta peça unindo a música erudita moderna com influências arcaicas e rústicas do blues, cajun, spirituals, ragtime, cakewalke e música creole.
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