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Gênios do jazz na década 2000-2010: O saxofonista Ivo Perelman e seu free-jazz inspirado na pintura!!!


Seguindo com mais um post da série "Os principais músicos de jazz da década de 2000-2010", apresento-vos o brasileiro Ivo Perelman, um amante da estética do free jazz, estilo onde o músico improvisa livremente sem padrões de melodia, harmonia ou ritmo. Ivo Perelman é considerado um dos mais conhecidos freejazzers brasileiros: ele já conta com mais de 30 discos lançados e é reconhecido internacionalmente como um saxofonista de grande fôlego e expressão. Tamanho é seu reconhecimento em solo americano que, em 1996, Ivo  foi fotografado e documentado pela revista Life ao lado de ícones como Eliane Elias, Wynton Marsalis, Lionel Hampton, Bill Evans, Chick Corea, Al Jarreau e outros 150 nomes de ponta do cenário jazzístico atual americano: a foto, produzida Gordon Banks,  ilustrou a capa da revista norte-americana  para atualizar a imagem que, em 1958, reuniu os grandes nomes do jazz da época, como Count Basie, Dizzy Gillepsie e Gerry Mulligan. Ivo já trabalhou tanto com artistas brasileiros como com internacionais: alguns deles foram Naná Vasconcelos, Airto Moreira, Flora Purim, Matthew Shipp, Billy Hart, Andrew Cyrille, Fred Hopkins, Peter Erskine, Reggie Workman, John Patitucci, Duo Nazario, Dom Salvador, entre outros

Seguindo a estética do free jazz e atuando nos EUA desde o início dos anos 90, o saxtenorista Ivo Perelman não chega a ser um pseudo-inovador --  um inventor ou pregador de novas tendências jazzísticas --, mas é, de fato, um continuador expressivo da arte da improvisação livre com influências de John Coltrane e Albert Ayler (ainda que sua música nada tenha do espiritualismo e do misticismo de Ayler e Trane, respectivamente). Consequentemente, Ivo pode ser considerado -- ao lado de Charles Gayle, David Murray, Matthew Shipp, William Parker, Fred Anderson,  Ken Vandermark e etc -- uma das vozes mais importantes que contribuíram para que essa estética fosse retomada com grande ímpeto entre meados dos anos 90 e início dos anos 2000 -- e, de fato, houve mesmo um "boom" tanto do free jazz na sua forma bruta e autêntica como também houve exemplos de assimilações e de formas destiladas do uso da improvisação livre, o que mostrou que essa estética passou não só por um resgate, mas passou a ser, sobretudo, uma  grande influência para muitos jazzistas da nova geração que viriam a trabalhar numa abordagem mais eclética e pós-moderna (uma abordagem que ficou rotulada como modern creative, um estilo de colagens jazzisticas no qual os músicos de jazz passaram a se influenciar por  uma diversidade de outros estilos musicais contemporâneos como o pop, o neo-soul, o indie rock, o hip hop, a música minimalista e etc).


Mas Ivo Perelman continuaria a trabalhar com o free jazz na sua forma autêntica. A novidade foi que, depois de flertar com a música instrumental brasileira e fazer sua transição para o estilo do free jazz nos anos 90, nesta década Ivo passaria a trabalhar com duos, trios e quartetos um tanto diferentes dos convencionais combos acústicos dantes abordados: dessa vez ele prezaria por trabalhar com inusitados quarteto de cordas, trios de sax+violino+contrabaixo, quarteto com sax+dois contrabaixos+bateria e etc. Essa "nova" direção, com o uso extensivo de cordas, proporcionou para que Ivo  imprimisse uma livre improvisação ainda mais colorida e brilhante -- ou seja, com verdadeiras pontes entre o melodismo e o caos sonoro --, evidenciando com mais ênfase uma das suas facetas mais interessantes, que é a sinestesia entre sons e cores, ou seja, entre as artes plásticas e o jazz, tendo como ponto de partida a estética do expressionismo abstrato e fazendo uma analogia entre as técnicas da action paint,  usadas por Jackson Pollock, com as técnicas da arte de improvisar sons livremente, ou seja, do free jazz. Essa sinestesia, inclusive, se deu muito mais pelo fato do saxofonista também ser um artista plástico e ser um admirador de ícones das artes plásticas tais como Jackson Pollock, Helen Frankenthaler e Franz Kline.

 Ivo Perelman - saxofone tenor; Dominic Duval - contrabaixo; Gerry Hemingway - bateria; Jay Rosen - bateria e percussão; Mark Dresser - contrabaixo


O álbum com o áudio escolhido acima, Suite for Helen F. (2003), é uma homenagem e sinestesia à obra da pintora Helen Frankenthaler:  registrado em duas partes e com a presença de dois contrabaixos e duas baterias, trata-se de um dos mais enérgicos registros do saxofonista!!! Mas este é só um  exemplo dos seus vários lampejos e improvisações!!! Fica aí uma dica: pra quem gostar desse som ou pra quem já gostava de free jazz,  Ivo Perelman é um dos músicos mais interessantes a serem pesquisados!!!

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