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A proeminente guitarra de Mary Halvorson: um toque feminino no "modern creative".


Caros diletantes da música improvisada, atentai-vos para este nome: Mary Halvorson. Não, essa moça não é apenas mais um toque de beleza feminina em meio a um cenário de marmanjos desembestados movidos ao vício da abstração: trata-se de uma artista que ja começa a conquistar o seu espaço e que faz jus a essa façanha ao imprimir um jeito todo seu, uma sonoridade toda sua e, o que é raro, uma determinada coerência no casamento equilibrado entre os elementos do noise, livre improvisação e composição escrita -- tudo isso permeando os entornos do jazz contemporâneo e do post-rock. Acabou-se, enfim, o conceito de que a liberdade musical consistia em tocar uma sequência barulhenta de notas sem considerar um mínimo de senso de coerência e elaboração, sem imprimir um conteúdo técnico ou exigindo que o ouvinte tivesse de adquirir uma bula conceitual para compreender o alto nível de abstração que abolia a melodia, o rítmo e a harmonia -- há, logicamente, músicos talentosos que imprimem estilos peculiares usando o free jazz e a livre improvisação comos veículo para a expressão de uma determinada liberdade e espontaneidade, mas também há o caso de músicos que abusaram da liberdade de abstração para esconder uma total falta de domínio técnico quanto ao seu instrumento e aos saberes básicos da música, sem contar que o conceito de liberdade imposto pelo free jazz já é algo tão ultrapassado, em termos de evolução, quanto o bebop, transformando-se em apenas mais uma das inúmeras ferramentas das quais os músicos fazem uso em suas colagens e misturas. A nova liberdade, portanto, exige muito mais conhecimento do artista, pois ela proporciona que ele trabalhe com quaisquer elementos de quaisquer gêneros musicais que queira inserir dentro da construção da sua obra e do seu estilo de expressão: todas as variabilidades em torno do jazz, rock, noise, black music, música improvisada, música serial erudita, eletroacústica...o século 20, enfim, parece ter esgotado todas as possibilidades de descobertas, de modo que agora os novos músicos se vêem no papel de revisitá-las, misturá-las e, a partir daí, buscar novas formas de expressão e obter novas descobertas através de novas experimentações. A guitarrista Mary Halvorson pertence à esse novo paradigma do jazz contemporâneo: o chamado "modern creative".



O currículo de Mary conta com uma estadia que ela teve com ninguém menos que o saxofonista e compositor concentualista Anthony Braxton na Wesleyan University, além de várias colaborações com novos e veteranos improvisadores como Taylor Ho Bynum, Tim Berne, Trevor Dunn, Assif Tsahar, Matana Roberts, Ted Reichman, Stephen Haynes, Curtis Hasselbring, Tomas Fujiwara, Jason Moran, Tony Malaby, Nicole Mitchell, Elliott Sharp e John Tchicai. Quanto à sua carreira solo, Mary tem conseguido obter espaço na mídia especializada através de vários projetos: além de liderar seus próprios conjuntos, ela co-lidera um duo camerístico com a violinista Jessica Pavone, conforme documentado no álbum On & Off (Skirl, 2007) e é membro do People, banda de rock progressivo que forma com o baterista Kevin Shea. Ela também lecionou na New School e realizou workshops na School for Improvised Music. Suas gravações incluem, ainda, "Opulence" (UgExplode, 2008), em dueto com o baterista Weasel Walter, "Calling All Portraits" (Skycap, 2008), "Thin Air" (Thirsty Ear, 2009) e o "Dragon's Head" (Firehouse 12, 2009), album aclamado pela crítica  e que teve a colaboração do baixista John Hebert e do baterista Ches Smith, seu trio.

Um dos lançamentos mais festejados de Mary Halvorson é o "Saturn Sings" (Firehouse 12, 2010), responsável por colocá-la na mira dos holofotes como uma das principais revelações do jazz contemporâneo. O álbum, elaborado em torno da mística de Saturno e seus anéis, traz Halvorson na guitarra semi-acústica e como compositora única de todas as faixas, tendo a contribuição dos dois músicos que compõe seu trio, o contrabaixista John Hebert e o baterista Ches Smith, mais o acréscimo do trompetista Jonathan Finlayson e do saxofonista "rising star" Jon Irabagon, constituindo, então, um quinteto. Segundo o que diz a guitarrista, suas melodias, improvisos e harmonias trazem inspirações de vários compositores da música em geral: Clifford Brown, Thelonious Monk, Robert Wyatt, Dmitri Shostakovich, Archie Shepp, Sam Cooke e Marvin Gaye. A NPR tomou nota da seguinte forma: "The harmonies were inspired by a diverse group of composers (Clifford Brown, Thelonious Monk, Robert Wyatt, Dmitri Shostakovich, Archie Shepp), but the new horn section provides the guts behind the songs, taking the spirit of Sam Cooke and Marvin Gaye. It also doesn't hurt that Hebert, the drummer, knows his way around a funky bass line that tugs at the legs to move — or at least shuffle spasmodically". O que é entusiasmante, contudo, é que a guitarrista imprime seu próprio estilo de se elaborar entre as linhas do jazz, o noise e a improvisação livre: seus improvisos e distorções por vezes lembra as estripulias atonais do guitarrista de free jazz Sonny Sharrock, mas sua personalidade própria e sua versatilidade ficam bem patentes. Desejamos muito sucesso a Mary Halvorson e que muitos outros projetos dessa estirpe surjam. Ouça trechos do disco no site da BBC.

2 comentários:

Bruno Leão disse...

A guitarra dela é bem maior do que ela!

Guzz disse...

bela archtop Guild

bom ver mulheres abraçadas nas seis cordas, poucas foram ousadas no instrumento no mundo do jazz

valeu a dica!

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