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Nos anos 30 o jazz era a melhor diversão e música para dançar. O bebop o intelectualizou, almejando convertê-lo em forma de arte. Coltrane levou-o a um novo patamar adotando uma atitude espiritualista perante a música. Ele "escreveu" seu próprio livro sagrado - o LP "A Love Supreme" de 64, que dedicou a Deus. Os quatro temas do disco sucedem-se como uma oração sem palavras (com exceção da frase mântrica que dá nome a ele) capaz de comover o jazzófilo mais ateu. Apesar de manifestar interesse pela cultura hindu, ele parecia não se vincular a uma religião específica. Sua crença era de que todas as pessoas deveriam se esforçar em prol de um mundo melhor e que a música poderia ser um veículo para transmitir pensamentos positivos. A "pregação" de Coltrane foi bem sucedida. Seus mais fiéis seguidores, o saxofonista Pharoah Sanders e a viúva Alice Coltrane também adotaram uma postura devocional e positiva diante da música e da vida. Esse álbum, Thelonious Monk & John Coltrane, traça um perfil da genialidade dos dois mestres. Coltrane tinha uma verdadeira admiração por Monk e dizia "ele é um dos poucos que realmente pensa a música. Monk é um arquiteto musical da mais alta ordem." Juntos gravaram esse albúm que apesar de registrado em rolo em Abril e Julho de 1957 só foi lançado em 1961. As seis composições do album - "Ruby My Dear", "Trinkle, Tinkle" , "Off Minor", "Nutty", "Epistrophy" e Functional" tinham sido retiradas do imenso catálogo do pianista. A parceria de Trane com Thelonious Monk, durante o ano de 1957, foi uma das mais belas da música e merece ter sua história contada em detalhes.Curiosamente: a faixa "Functional" é um longo solo apenas com Monk ao piano.
01 - Ruby, My Dear
02 - Trinkle, Tinkle
03 - Off Minor (Take 4)
04 - Nutty
05 - Epistrophy (Alternate Take)
06 - Functional (Alternate Take)
Thelonius Monk – piano (Faixas 1,2,4,6)
John Coltrane – Sax. tenor
Wilbur Ware – Baixo Acustico
Shadow Wilson – Bateria (Faixas 3,5)
Ray Copeland – Trompete
Gigi Gryce – alto saxophone
Coleman Hawkins – Sax. tenor
Wilbur Ware – Baixo
Art Blakey – Bateria
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Boa audição - Namastê
Esta postagem é uma parceria entre o blog Farofa Moderna e o blog Borboletas de Jade
Um comentário:
beleza
um time de primeira grandeza...hummm, interessante mesmo...tem art balkey, o peculiaríssimo gigi gryce, coleman Hawkins...
interessante mesmo!
Roberto Cuzco
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