Gigi Gryce
Seu nome verdadeiro é George General Grice, sendo, como podemos ver, abreviado para GiGi Gryce. Esse fantástico altoísta e soprador do Jazz nasceu em 1925 em Pensacola, na Flórida, e foi criado em Connecticut. Foi em sua estadia na Marinha onde ele teve seus primeiros contatos com grandes personalidades do Jazz como Clark Terry e Willie Smith. Mas, apesar de gostar de Jazz e ter conhecido bons músicos do estilo, Gigi Gryce aspirava por um conhecimento mais abundante e, em 1947, entra para a Boston Conservatory para estudar composição clássica com Daniel Pinkham e Alan Hovhaness. Nesse mesmo ano ele passa a trabalhar, paralelamente aos estudos, com músicos como o grande trompetista Howard McChee e o pianista Thelonious Monk. Trabalhou também como arranjador interagindo mutamente com Stan Getz, colaborou com Horace Silver e tocou no Symphony Hall nesse seu início de carreira. Não durou muito sua estadia inicial com os grandes nomes do jazz: Gigi Gryce ganha uma bolsa para estudar em Paris com Nadia Boulanger e Arthur Honegger, dois grandes nomes europeus da música erudita moderna. Apesar de ter interrompido seus estudos em decorrência de problemas com saúde e sua dificuldade em se estabelecer em Paris, Gryce levou adiante suas aspirações e compôs seus primeiros trabalhos como um proeminente compositor erudito: compôs três sinfonias, um balé (The Dance of the Green Witches), um poema-sinfônico (Gashiya-The Overwhelming Event), algumas obras para conjuntos de camera, incluindo ainda diversas fugas e sonatas, obras para piano a duas e quatro mãos e obras para quarteto de cordas. Assim, o músico inicia sua carreira trabalhando paralelamente entre esses dois idiomas, apesar de que seu trabalho com a música erudita moderna não chegou a se refletir em abundância em sua tragetória no Jazz.
Em 1953 Gigi Gryce volta a Nova Iorque e começa de fato sua carreira no mundo do Jazz: teve participação no disco Quartet de Max Roach com Hank Mobley e no disco Howard McGhee Vol 2 com Tal Farlow. Nesse mesmo ano ele entra para as bandas de Tadd Dameron e Lionel Hampton, com a qual foi para a lendária tournée de Hampton à Europa. Essas colaborações possibilitaram Gryce trabalhar com grandes nomes do Jazz apartir de então: Clifford Brown, Art Farmer, Quincy Jones e Benny Golson são alguns nomes com os quais o altoísta colaborou. Inclusive alguns desses músicos citados também tocavam na banda de Hampton e foi nela que Gigi Gryce conheceu Art Farmer, com quem colaborou em seu quinteto em 1954, sendo, portanto, uma das suas mais aplaudidas colaborações. Além dessas, o altoísta colaborou como arranjador, compositor sendo requisitado, apartir da segunda metade da década de 50, por muitos músicos, incluindo Thelonious Monk com quem já tinha se apresentado em 1948. Agora, é muito pesaroso o fato de que Gigi Gryce não tivesse a mesma ousadia ou o espaço necessário para ampliar seu trabalho como um grande líder. Das suas poucas realizações e gravações como chefe de banda podemos citar um registro para o selo Metrojazz (onde toca vários instrumentos de sopro) e o quinteto Jazz Lab que co-liderou com o grande trompetista Donald Byrd (é interessante o fato de que as pretenções de Gryce para esse quinteto era elevá-lo a um noneto com sax barítono, trombone e tuba, trabalhando assim estruturas e harmonias mais complexas: infelizmente não foi muito viável para a época e, assim, não durou muito); uma outra realização do saxofonista foi lançar um registro intitulado "The Rat Race Blues" com um quinteto que revelou o grande trompetista Richard Williams em 1960: o grupo era composto ainda de Richard Wyands (piano), Reggie Workman ou Julian Euell (contrabaixo) e Granville "Mickey" Roker (bateria )(vamos ouvir a faixa título desse disco . Em compensação, Gigi Gryce foi um dos primeiros músicos negros a erguer seu próprio selo e editora musical apartir de 1956: a Melotone. Infelizmente, por frustrações, pressões psicológicas e problemas pessoais, o saxofonista que também tocava flauta, clarinete, sax barítono e piccolo, ausentou-se totalmente do mundo do Jazz apartir de 1962 para de dedicar ao ensino. Algumas de suas mais célebres composições são "Minority", "Nica's Tempo" e "Social Call","Up em Quincy's Room" e "Shabozz". Um outro fato interessante é que, apesar de Gigi Gryce ter sido um grande mestre do sax alto, ele não chegou a dizer que Charlie Parker tivesse sido sua única influência: ele revelou ter recebido suas instruções iniciais de alguns músicos um tanto "usung" como o altoísta Ray Shep da Flórida, Andrew 'Goon' Gardner, que tocou com a banda Earl Hines e Harry Curtis, que colaborou com Cab Calloway.
Albuns:
Em 1953 Gigi Gryce volta a Nova Iorque e começa de fato sua carreira no mundo do Jazz: teve participação no disco Quartet de Max Roach com Hank Mobley e no disco Howard McGhee Vol 2 com Tal Farlow. Nesse mesmo ano ele entra para as bandas de Tadd Dameron e Lionel Hampton, com a qual foi para a lendária tournée de Hampton à Europa. Essas colaborações possibilitaram Gryce trabalhar com grandes nomes do Jazz apartir de então: Clifford Brown, Art Farmer, Quincy Jones e Benny Golson são alguns nomes com os quais o altoísta colaborou. Inclusive alguns desses músicos citados também tocavam na banda de Hampton e foi nela que Gigi Gryce conheceu Art Farmer, com quem colaborou em seu quinteto em 1954, sendo, portanto, uma das suas mais aplaudidas colaborações. Além dessas, o altoísta colaborou como arranjador, compositor sendo requisitado, apartir da segunda metade da década de 50, por muitos músicos, incluindo Thelonious Monk com quem já tinha se apresentado em 1948. Agora, é muito pesaroso o fato de que Gigi Gryce não tivesse a mesma ousadia ou o espaço necessário para ampliar seu trabalho como um grande líder. Das suas poucas realizações e gravações como chefe de banda podemos citar um registro para o selo Metrojazz (onde toca vários instrumentos de sopro) e o quinteto Jazz Lab que co-liderou com o grande trompetista Donald Byrd (é interessante o fato de que as pretenções de Gryce para esse quinteto era elevá-lo a um noneto com sax barítono, trombone e tuba, trabalhando assim estruturas e harmonias mais complexas: infelizmente não foi muito viável para a época e, assim, não durou muito); uma outra realização do saxofonista foi lançar um registro intitulado "The Rat Race Blues" com um quinteto que revelou o grande trompetista Richard Williams em 1960: o grupo era composto ainda de Richard Wyands (piano), Reggie Workman ou Julian Euell (contrabaixo) e Granville "Mickey" Roker (bateria )(vamos ouvir a faixa título desse disco . Em compensação, Gigi Gryce foi um dos primeiros músicos negros a erguer seu próprio selo e editora musical apartir de 1956: a Melotone. Infelizmente, por frustrações, pressões psicológicas e problemas pessoais, o saxofonista que também tocava flauta, clarinete, sax barítono e piccolo, ausentou-se totalmente do mundo do Jazz apartir de 1962 para de dedicar ao ensino. Algumas de suas mais célebres composições são "Minority", "Nica's Tempo" e "Social Call","Up em Quincy's Room" e "Shabozz". Um outro fato interessante é que, apesar de Gigi Gryce ter sido um grande mestre do sax alto, ele não chegou a dizer que Charlie Parker tivesse sido sua única influência: ele revelou ter recebido suas instruções iniciais de alguns músicos um tanto "usung" como o altoísta Ray Shep da Flórida, Andrew 'Goon' Gardner, que tocou com a banda Earl Hines e Harry Curtis, que colaborou com Cab Calloway.
Albuns:
Nica's Tempo, 1955, Savoy.
When Farmer Met Gryce, 1954-55, Prestige.
The Jazz Lab Quintet, 1957, Riverside.
The Jazz Lab, 1957, Columbia.
Modern Jazz Perspective, 1957, Columbia.
The Hap'nin's, 1960, Prestige.
Rat Race Blues, 1960, Prestige.
When Farmer Met Gryce, 1954-55, Prestige.
The Jazz Lab Quintet, 1957, Riverside.
The Jazz Lab, 1957, Columbia.
Modern Jazz Perspective, 1957, Columbia.
The Hap'nin's, 1960, Prestige.
Rat Race Blues, 1960, Prestige.
Um comentário:
Hi Vagner,
Simply dropping a line to wish you a wonderful 2008 and thanking you for your work.
All best
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