Geralmente, quando se trata de MPB, o apreciador de música instrumental escolhe a dedo esses cantores e compositores dito populares, na intenção de pôr em sua estante apenas cancioneiros e compositores que prezam por um desenvolvimento mais artístico da canção, ou seja, aqueles que moldam suas canções através de muita sofisticação harmônica e uma instrumentação cheia de belos arranjos. Mas, de fato, existe muitos artistas da música popular que merecem atenção e respeito pelo que fazem. Não podemos julgar a música popular, enfim, pelo estigma dos muitos sucessos comerciais e palatáveis moldados para o lucro e a fama, haja vista que ainda podemos apreciar artistas geniais e sinceros, muitos deles de uma nova geração que preza por tratar a composição popular com a mesma rigidez artística de um Jazz ou de uma Música Erudita. E em São Paulo temos mais um gênio: André Mehmari. Poucos artistas, aos seus 20 e poucos anos de idade, chegaram a alcançar tanto reconhecimento entre os colegas e a crítica especializada como André Mehmari. Multiinstumentista, Mehmari é hoje uma referência quando se fala em técnica: ele é um virtuose do piano da mesma forma em que é proficiente em composição e arranjo. Sua música, que vai do popular ao erudito, divide seu tempo entre trabalhos relacionados à música instrumental com seus dois trios, apresentações solo, à composição de peças populares e eruditas, além de experiências em parcerias como os duos com as cantoras Mônica Salmaso e Ná Ozetti, os quais chegaram a ser lançados em CD com grande sucesso de crítica. Além disso, Mehmari foi escolhido arranjador da Orquestra Jazz Sinfônica e, agora com apenas 30 anos de idade, conseguiu a façanha de receber encomendas pra compor para a grande OSESP (Orquestra Sinfônica de São Paulo), do maestro John Neschling. Segue uma breve resenha postada no espaço musical da Veja on line, onde Mehmari também dá uma entrevista muito interessante:
" pianista fluminense André Mehmari segue duas grandes escolas musicais. Mehmari tem uma sólida formação de música popular brasileira, especialmente a produção do Clube da Esquina – movimento liderado por artistas como Milton Nascimento e Lô Borges. Ele também se aventura pela música erudita (seu compositor predileto é o russo Igor Stravinsky), tendo escrito obras para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e Banda Sinfônica do Estado.
Mehmari iniciou os estudos aos cinco anos de idade. Ele aprendeu com a mãe, que era professora de piano em Ribeirão Preto – cidade para qual a família de Mehmari mudou pouco tempos depois do seu nascimento. Três anos depois, ele foi estudar num conservatório musical da cidade. Mehmari começou a trabalhar com música quando tinha onze anos de idade. Uma de suas primeiras profissões foi tocar nos bailes de Ribeirão Preto – o repertório, acredite se quiser, era composto de sambas e lambadas. Em meados da década passada, Mehmari mudou-se para São Paulo, a fim de estudar na USP. Desde então, ele tem se destacado em várias vertentes. Tocou ao lado de cantoras como Mônica Salmaso e Ná Ozzetti. Venceu o Prêmio Visa de MPB instrumental e ganhou concursos de composição erudita.
André Mehmari tem seis discos lançados. O último foi ...De Árvores e Valsas, primeiro composto somente de material autoral. No final deste ano, ele terá uma composição sua executada pela Osesp." - Sergio Martins
Confira André Mehmari em entrevista com Sergio Martins na Veja Musica: ouça o pianista interpretando Lullaby e Nasce um Anjo, duas de suas requintadascomposições.
Com apenas 20 anos de idade, André Mehmari conquista o primeiro lugar no Prêmio VISA de MPB Instrumental (1998) em ambito nacional, sendo, a partir daí, amplamente elogiado pela crítica e público. É assim que grava seu primeiro disco, pela Gravadora Eldorado, ao lado do contrabaixista Célio Barros, também premiado no certame. O disco é um instrumental totalmente baseado na MPB, mas fazendo uso de uma tênue improvisação livre: uma sacada de gênio precoce que apenas abriu as portas para uma torrente de idéias que se libertariam nos próximos anos.Pouco depois, os dois se juntam ao baterista Sergio Reze e lançam o CD “ Odisséia” (1998), também baseado na improvisação livre.
André Mehmari: piano, flauta, violão, clarinete, sinth, piano Rhodes, viola, violino, percussão.
Célio Barros: Contrabaixo acústico, Baixolão e Guitarra.
Sérgio Reze: Bateria
Renato Martins: Pandeiro e Caxixi
Luca Raele: Clarinete
" pianista fluminense André Mehmari segue duas grandes escolas musicais. Mehmari tem uma sólida formação de música popular brasileira, especialmente a produção do Clube da Esquina – movimento liderado por artistas como Milton Nascimento e Lô Borges. Ele também se aventura pela música erudita (seu compositor predileto é o russo Igor Stravinsky), tendo escrito obras para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e Banda Sinfônica do Estado.
Mehmari iniciou os estudos aos cinco anos de idade. Ele aprendeu com a mãe, que era professora de piano em Ribeirão Preto – cidade para qual a família de Mehmari mudou pouco tempos depois do seu nascimento. Três anos depois, ele foi estudar num conservatório musical da cidade. Mehmari começou a trabalhar com música quando tinha onze anos de idade. Uma de suas primeiras profissões foi tocar nos bailes de Ribeirão Preto – o repertório, acredite se quiser, era composto de sambas e lambadas. Em meados da década passada, Mehmari mudou-se para São Paulo, a fim de estudar na USP. Desde então, ele tem se destacado em várias vertentes. Tocou ao lado de cantoras como Mônica Salmaso e Ná Ozzetti. Venceu o Prêmio Visa de MPB instrumental e ganhou concursos de composição erudita.
André Mehmari tem seis discos lançados. O último foi ...De Árvores e Valsas, primeiro composto somente de material autoral. No final deste ano, ele terá uma composição sua executada pela Osesp." - Sergio Martins
Confira André Mehmari em entrevista com Sergio Martins na Veja Musica: ouça o pianista interpretando Lullaby e Nasce um Anjo, duas de suas requintadascomposições.
Com apenas 20 anos de idade, André Mehmari conquista o primeiro lugar no Prêmio VISA de MPB Instrumental (1998) em ambito nacional, sendo, a partir daí, amplamente elogiado pela crítica e público. É assim que grava seu primeiro disco, pela Gravadora Eldorado, ao lado do contrabaixista Célio Barros, também premiado no certame. O disco é um instrumental totalmente baseado na MPB, mas fazendo uso de uma tênue improvisação livre: uma sacada de gênio precoce que apenas abriu as portas para uma torrente de idéias que se libertariam nos próximos anos.Pouco depois, os dois se juntam ao baterista Sergio Reze e lançam o CD “ Odisséia” (1998), também baseado na improvisação livre.
André Mehmari: piano, flauta, violão, clarinete, sinth, piano Rhodes, viola, violino, percussão.
Célio Barros: Contrabaixo acústico, Baixolão e Guitarra.
Sérgio Reze: Bateria
Renato Martins: Pandeiro e Caxixi
Luca Raele: Clarinete
2 comentários:
Esse CD foi relançado com uma nova mixagem. Aliás, ainda nem comprei o meu...
Obrigado por comentar Célio!
Aliás, belos trabalhos ao lado de Mehmari e outros músicos, heim!!!
Sim! Definitivamente, esse é um disco que compensa ter na estante!
Abraço!
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