1. Champa Theme, The
2. Dislocated in Natrang
3. Folksong
4. Purple City
5. Mekong
6. Hue Is Hue?
7. Perfume River
Michael Blake (tenor & soprano saxophones, bass clarinet); Steve Bernstein (trumpet, cornet, slide trumpet); Thomas Chapin (flute, bass flute, piccolo, baritone saxophone); Marcus Rojas (tuba); Rufus Cappadocia (cello); Bryan Carrott; (vibraphone); David Tronzo (slide guitar); Tony Scherr (acoustic & electric basses, moonlute); Scott Neumann (drums); Billy Martin (percussion)
Michal Blake é mais uma feliz descoberta! Ele faz parte dessa nova onda estilística que denominam como Modern Creative, uma corrente do Jazz Contemporâneo que tem mostrado a capacidade de unir as tradições e ingredientes inerentes do Jazz às ultimas inovações e possibilidades da música pós-moderna: "For over two decades the Brooklyn based saxophonist/composer/arranger Michael Blake has presented an array of innovative bands and compositions that display a keen ability to simultaneously embrace jazz history while challenging it head on" é o que diz o início da sua biografia que em seu site. Michael Blacke nasceu no Canadá, passou por Califórnia e Vancouver, mas acabou por fixar residência em Nova Iorque, sendo um dos mais inquietantes e inovadores compositores da Big Apple contemporânea: ao seu redor estão músicos nova iorquinos e de outros cantos como Stefon Harris, Miguel Zenon, Jane Ira Bloom, Ted Nash, Ben Allison, Jeff Ballard, Matt Wilson, dentre outros compositores e músicos de peso do novo Jazz.
A música de Michael Blake me soou linda e ao mesmo tempo perturbadora! Algo que já tinha me acontecido quando ouví Jason Moran, Vijay Iyer e Ken Vandermark pela primeira vez! A música de Blake está repleta de efeitos eletrônicos ao mesmo tempo em que valoriza as harmonias bluesy: há uma preocupação de perturbar o ouvinte com criações timbrísticas inusitadas, como a união do timbre quente e encorpado dos instrumentos acústicos com as sonoridades secas, cruas e artificiais da música eletrônica. Com uma escrita composicional apuradíssima, Blake nos mostra que os vários estilos que permeiam o Jazz Moderno e Contemporâneo são nada mais do que ingredientes, dentre os quais figuram desde as frases parkerianas, passando pelo pós-bop, modal, até englobar o Free Jazz para formar, assim, a estética contemporânea maracada pela ecleticidade e pluralidade de técnicas e estilos dantes explorados. As formações instrumentais e orquestrais são igualmente intrigantes e inusuais. Kingdom of Champa, de 1997, esse é o primeiro disco solo de Michael Blake, onde o tenorista e compositor usou o Vietnam como temática para produzir um disco de sonoridade única.
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