2. Mr. Lucky (Henry Mancini) (9:38)
3. Speake (Steve Coleman) (7:57)
4. Knowledge of Cult (Steve Coleman) (4:38)
5. If You Could See Me Now (Tadd Dameron, C. Sigman) (6:03)
6. Minor Step (Steve Coleman) (10:27)
7. Kahn (Greg Osby) (6:02)
8. Hey Jim! (Jams Moody, B. Gonzalez) (5:04)
9. Its You (Steve Coleman) (6:32)
10. Thebes (David Gilmore) (6:19)
Gravado em Janeiro de 1991 no Systems Two, Brooklyn, NY
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Strata Institute
da esquerda para direita
Kenny Davis - baixo elétrico e acústico
Steve Coleman - sax alto, produtor
Von Freeman - sax tenor
Marvin 'Smitty' Smith - bateria
David Gilmore - guitarra
Greg Osby - sax alto
Strata Institute é mais uma banda do produtor, altoísta e compositor Steve Coleman: o conceptor da filosofia e movimento denominado M-Base. Strata Institute é mais um dos inúmeros projeto de Steve Coleman. E Transmigration não é só mais um disco de M-Base, mas um dos melhores discos do gênero. A concepção aqui é tanto progressista quanto revivalista: é a concepção que, felizmente, institui o Jazz Americano desde os anos 80: é aquele sentimento que o músico americano tem de criar algo novo, proliferar as possibilidades rítmicas e harmônicas sem jamais esquecer sua cultura, suas tradições e origens; sem jamais esquecer Charlie Parker: o pai do Jazz Moderno. Essa ponte entre "passado" e "contemporâneo" fica clara nas frases, no aspecto ora funky ora bluesy, nas estruturas, nas composições e até no formato da banda: para valorizar o bebop dentro dessa banda, por exemplo, Steve Coleman chamou o grande saxtenorista Von Freeman, um dos gigantes não muito lembrado, mas que teve seu início justamente com a lenda Charlie Parker em 1950, chegando a tocar até com jupitariano Sun Ra. O lado mais polirítmico e mais progressista é constituído de uma gama de influências: o Free Jazz de Ornette, os estudos de filosofia e religião de Steve Coleman, algo do Fusion, o Funk, a politonalidade, a poliritmia, dentre outras. A bateria funky e polirítmica em marcações compostas de Marvin "Smitty" Smith, os dois sax altos Greg Osby e o próprio Steve Coleman dando consistência com arranjos, solos e improvisações intrincadas, a moderna base harmônica da guitarra de David Gilmore, e o eficiente baixo ora acústico ora elétrico de Kenny Davis, fazem desse disco um dos maiores registros do M-Base. Steve Coleman, como é de se esperar, não é só o grande líder, mas o grande compositor: as faixas 1, 3, 4, 6, 9 são obras de suas mãos. Há ainda a canção "Mr. Lucky" de Henri Mancini ao som do sax tenor de Von Freeman. Ainda engrossando o caldo dos standards vém "If You Could See Me Now" de Tadd Dameron e "Hey Jim!" de James Moody. David Gilmore e Greg Osby colaboram cada um com uma composição: "Thebes" e "Kahn" respecitivamente. Von Freeman, apesar da idade chegada na casa dos 60, parece frasear tão enérgico e contemporâneo quanto os jovens Greg Osby e Steve Coleman, dois dos grandes propulsores do M-Base, dois dos maiores altoístas que o Jazz Contemporâneo teve a honra de lançar.
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