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O Coco Nordestino por Jackson do Pandeiro e Antonio Nóbrega


Este post visa trazer informações sobre um dos rítmos que podem até ser caracterizados como sendo estéticas da Word Music, mas não se trata de alguma música étnica da Africa ou de outro lugar do mundo afora, mas sim do nosso país: o Coco e o Frevo nordestino. Primeiro deixo um disco daquele que foi considerado o maior ritimista da música Nordestina:


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Jackson do Pandeiro nasceu na Paraíba e cresceu em Pernambuco observando os violeiros nas feiras e as rodas de Coco, um rítmo que é um dos subgêneros do Forró Nordestino e, ainda hoje, é a grande herança cultural dos povos antigos de Alagoas e Pernanbumco. Devido a sua paixão por filmes de faroreste americano que via nos cinemas da época, ele adotou o pseudônimo de Jackson do Pandeiro, inspirado no mocinho Jack Perry. Apesar de ser muito popular em Pernambuco já no final dos anos 40, de ser um mestre do repente e ser considerado um cantor de grande voz, Jackson demorou pra lançar seu primeiro disco: em 1953 lançou seu primeiro grande sucesso, "Sebastiana", canção de Rosil Cavalcanti. Logo após esse sucesso Jackson passou colecionar sucessos com boas vendagens e passou a trabalhar nas rádios de Pernambuco, onde divulgou o Coco para todo o Brasil, alcançando sucesso até mesmo no Rio de Janeiro, onde era considerado pelos músicos um inovador da música brasileira. Com o sucesso Jackson do Pandeiro muda-se para o Rio e passa a trabalhar na Rádio Nacional, onde mostrou toda a sua versatilidade e o poder da sua voz, transitando por vários rítmos brasileiros como o baião, o coco, o samba e até mesmo o jazz, já que devido sua experiências em cabarés pode assimilar um pouco do gênero. Essa versatilidade assustavam a todos os seus contemporâneos que, após um período, passaram a considerar uma grande verdade: Jackson do Pandeiro não só estava para o Coco como Luiz Gonzaga estava para o baião, mas foi o pioneiro por fundir a música nordestina com o samba, foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da nossa música popular, trazendo a música nordestina à tona como nenhum outro em sua época, chegando a influenciar até a Música Instrumental Brasileira através de, por exemplo, Sivuca e o grande Hermeto Pascoal que, inclusive, compôs o tema Viva Jackson do Pandeiro, gravado em 1999 no disco Eu e Eles. Por transitar por vários rítmos e ser um mestre do Coco, Jackson do Pandeiro foi apelidade de O Rei do Rítmo.

Documentário sobre o Coco Nordestino por Antonio Nóbrega

Infelizmente hoje não temos mais artistas nordestinos como Jackson do Pandeiro. Mas temos grandes artistas como Antonio Nóbrega, que é considerado um dos nomes mais importantes da cultura nordestina e um dos maioires propagadores e pesquisadores da mesma. Além de tocar violino desde a infância (chegando a tocar com grandes orquestras nordestinas), Antonio Nóbrega é um mestre do espetáculo, fundindo música com teatro e dança numa concepção totalmente própria. Um dos seus primeiros grandes projetos foi o Quinteto Armorial no final dos anos 60: convidado pelo fomentador cultural e escritor Ariano Suassuna, Antonio Nóbrega ajudou esse grande quinteto a propagar a música nordestina numa concepção de música de câmera erudita, chegando a excursionar por vários estados brasileiros e até ao exterior. Com o Quinteto Armorial, Antonio Nóbrega gravou quatro discos e passou a ser o maior expoente do Movimento Armorial desencadeado por Suassuna: tal movimento é uma grande proposta e iniciativa artística que visa trabalhar várias fusões partindo da fusão da música erudita com as sonoridades e rítmos nordestinos, até a valorização da literatura de cordel, dos conjuntos de pifes, do Coco, do Frevo e das artes e espetáculos. Antonio Nóbrega já obteve vários prêmios nacionais e internacionais e é considerado um dos grandes nomes da música e do teatro brasileiro: em 1983 ajudou a formar o Departamento de Artes Corporais da Unicamp em São Paulo e apartir da década de 90 passou a ser amplamente reconhecido através de espetáculos como "Figural", "Brincante", "Segundas Histórias", dentre outros. Enfim, graças a nomes como Ariano Suassuna, Antonio Nóbrega e o maestro Spok é que a cultura nordestina não só se mantém viva, mas é apreciada mundo afora. Baixe, abaixo, o disco Na pancada do Ganzá.

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