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Jimmy Giuffre : do suave cool aos sintetizadores do free europeu



O que mais persiste no jazz é a lembrança exarcebada em prol de alguns e o esquecimento, também exarcebado, contra outros. Jiume Giuffre merecia ser mais lembrado não só pela tragetória como também pela contribuição de suas obras e da sua respresentividade como clarinetista e ousado criador. Giuffre foi uma figura marcante no ambiente do cool jazz quando ainda residia na orquestra de Woody Herman: a sua obra “Four Brothers”, peça de 1947 escrita para a big band de Herman, é considerada uma das primeiras grandes obras a prenunciar o cool jazz. Depois do sucesso de Four Brothers se destacou como saxofonista tenor dos “Giants” do compositor-arranjador e trompetista Shorty Rogers grupo que, entre o período de 1951 e 1953, foi o mais emblemático do West Coast e Cool Jazz ao lado do grande quarteto de Gerry Mulighan e Chet Baker. No entanto Giuffre, que não tinha o glamour de Baker nem a afeição pela onda do estrelismo e do comercial, só começou a ser reconhecido como um criador original quando em 1956 lança o LP "The Gimmy Giuffre Clarinet" pela Atlantic. A partir daí duas peculiaridades ficaram evidentes: a atenção ao clarinete num período onde o uso desse instrumento foi praticamente dizimado e a suas aventuras sonoras que começaram a chamar a atenção da crítica. Em Dezembro do mesmo ano Jimmy lança outro clássico: “The Train and The River” com o grande Jim Hall na guitarra e o contraixista Ralph Peña ( o grupo pode ser ouvido no filme "Jazz on a Summer's Day" filmado no Newport Jazz Festival de 1958), considerada uma obra prima caracterizada por concepção "bluesy-folk" e com uma formação ainda peculiar para a época, ou seja, um grupo sem bateria e sem piano. (tendência que começou justamente com o quarteto sem piano de Gerry Mulighan e Chet Baker e, posteriormente, os próprios trios de Giuffre).

 Jimmy Giuffre Trio com Jim Hall e Ralph Peña

As formações posteriores foram o trio que trazia o trombonista Bob Brookmeyer no lugar do contrabaixo e a magnífica formação já com rosto vanguardista com Paul Bley no piano e Steve Swallow no contrabaixo. Inclusive essa formação pode ser saboreada, através de uma aquisição de um CD duplo, reeditado pelo selo ECM, com duas gravações dos discos “Fusion” e “Thesis” de 1961, ano em que foram gravados pela Verve. É interessante salientar que este grupo não foi tão cultuado em sua época, talvez pelo fato de que o Free Jazz alí trabalhado não correspondia às espectativas e às tendências impulsionadas por Ornette Coleman e, logo após, Albert Ayler, ou seja, aquela livre improvisação ríspida e agressiva: o Jimmy Giuffre Trio, ao contrário, trazia consigo o gosto por Debussy e o minimalismo do Cool para fundí-los, assim, com a ousadia e liberdade da livre improvisação, resultando num estilo mais calmo, mas, ainda assim, tão ousado em explorar novas modulações rítmicas e melódicas quanto qualquer outro músico ou formação do Free Jazz da época. Por esses motivos e peculiaridades o trio passou a ser visto, posteriormente, como um dos maiores grupos dos anos 60. A sequência de clássicos com esse trio é complementada com "Free Fall" de 1963, um dos discos mais conhecidos de Giuffre.

Giuffre também trabalhou paralelamente como professor, tendo lecionado na Lenox School of Jazz, apartir de 1959. Nos anos que se seguiram, Giuffre, Bley e Swallow foram conhecer e explorar o proeminente território europeu que estava fervendo com o grande boom da Música Improvisada: essa incursão influenciou-lhe em muitos aspectos da sua música apatir dos início dos anos 70, pois o resultado foi uma maior radicalização, uma maior afeição ao à música experimental, usando sintetizadores e trabalhando com uma grande quantidade de instrumentos de sopro (flauta-baixo, sax barítono, clarone, sax tenor e afins), buscando, assim, novas sonoridades. Ao voltar da Europa, Jimmy Giuffre foi convidado para lecionar na New York University. Nas décadas de 80 e 90, apesar do agravamento da doença da qual sofria, o Mal de Parkinson, o músico continuaria sua carrereira como professor de composição e saxofone, colaborando com músicos como Joe McPhee e voltando a tocar com seus amigos Steve Swallow e Jim Hall. Seus ultimos trabalhos foi como professor da New England University em meados dos anos 90. Jimmy Giuffre, que gostava de ouvir Villa-Lobos e Ravel, faleceu em 6 de Maio de 2008, pouco antes de completar 86 anos.


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