
Jimmy Giuffre Trio com Jim Hall e Ralph Peña
As formações posteriores foram o trio que trazia o trombonista Bob Brookmeyer no lugar do contrabaixo e a magnífica formação já com rosto vanguardista com Paul Bley no piano e Steve Swallow no contrabaixo. Inclusive essa formação pode ser saboreada, através de uma aquisição de um CD duplo, reeditado pelo selo ECM, com duas gravações dos discos “Fusion” e “Thesis” de 1961, ano em que foram gravados pela Verve. É interessante salientar que este grupo não foi tão cultuado em sua época, talvez pelo fato de que o Free Jazz alí trabalhado não correspondia às espectativas e às tendências impulsionadas por Ornette Coleman e, logo após, Albert Ayler, ou seja, aquela livre improvisação ríspida e agressiva: o Jimmy Giuffre Trio, ao contrário, trazia consigo o gosto por Debussy e o minimalismo do Cool para fundí-los, assim, com a ousadia e liberdade da livre improvisação, resultando num estilo mais calmo, mas, ainda assim, tão ousado em explorar novas modulações rítmicas e melódicas quanto qualquer outro músico ou formação do Free Jazz da época. Por esses motivos e peculiaridades o trio passou a ser visto, posteriormente, como um dos maiores grupos dos anos 60. A sequência de clássicos com esse trio é complementada com "Free Fall" de 1963, um dos discos mais conhecidos de Giuffre.
Giuffre também trabalhou paralelamente como professor, tendo lecionado na Lenox School of Jazz, apartir de 1959. Nos anos que se seguiram, Giuffre, Bley e Swallow foram conhecer e explorar o proeminente território europeu que estava fervendo com o grande boom da Música Improvisada: essa incursão influenciou-lhe em muitos aspectos da sua música apatir dos início dos anos 70, pois o resultado foi uma maior radicalização, uma maior afeição ao à música experimental, usando sintetizadores e trabalhando com uma grande quantidade de instrumentos de sopro (flauta-baixo, sax barítono, clarone, sax tenor e afins), buscando, assim, novas sonoridades. Ao voltar da Europa, Jimmy Giuffre foi convidado para lecionar na New York University. Nas décadas de 80 e 90, apesar do agravamento da doença da qual sofria, o Mal de Parkinson, o músico continuaria sua carrereira como professor de composição e saxofone, colaborando com músicos como Joe McPhee e voltando a tocar com seus amigos Steve Swallow e Jim Hall. Seus ultimos trabalhos foi como professor da New England University em meados dos anos 90. Jimmy Giuffre, que gostava de ouvir Villa-Lobos e Ravel, faleceu em 6 de Maio de 2008, pouco antes de completar 86 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário