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Carla Bley: um toque de exotismo no avant-garde do jazz!

Saiba mais sobre Carla Bley/ English VersionCarla Bley é uma das figuras femininas mais criativas da história do jazz. Bandleader, compositora, pianista e organista, Carla tem um estilo original e único de executar, reger e compor. Suas melodias trazem um impressionismo que beira o free jazz e o exótico: é um belo exemplo do Jazz Moderno e "Modern Creative" do jazz contemporâneo. A sua carreira começa ainda em meados dos anos 50 quando ele vai para Nova Iorque para se aproximar do cenário jazzístico local. Autodita e sem ter estudado em escolas ou universidade de música, aos 19 anos - após uma demorada paixão pela patinagem artística e os seus primeiros empregos como pianista (numa escola de dança e depois em alguns bares) – apaixonou-se pelo jazz e decidiu partir para Nova Iorque. Aí chegada, nos primeiros tempos garantiu o seu sustento trabalhando como vendedora de cigarros no célebre Birdland, o clube que Charlie Parker fundara na Basin Street. Foi então que conheceu o pianista Paul Bley com o qual se casa em 1957. Paul o encorajou a compor para a sua banda, e essa atividade tornar-se-ia então a principal motivação de Carla, o que lhe permitiu superar a inconstância de toda uma série de trabalhos ocasionais e desinteressantes. Logo, com a influência de Paul Bley e o seu estilo um tanto original, as composições de Carla começou a ser tocadas pelos mais variados músicos: George Russell, Jimmy Giuffre, Art Farmer, Gary Burton e Charlie Haden, dentre outros.


Já consagrada como uma importante compositora e uma das principais figuras do avant-garde sessentista, Carla Bley foi convidada pelo trompetista Bill Dixon para integrar o grupo Jazz Composers Guild, uma associação de músicos de vanguarda da qual também participariam Sun Ra, Archie Shepp, John Tchicai e Cecil Taylor, entre outros. Logo em seguida ela lidera com o seu segundo marido, o trompetista Michael Mantler, a sua The Jazz Composer’s Orchestra. Em 1966, Bley e Mantler fundaram a Jazz Composers' Orchestra Association (JCOA), nos moldes da extinta Guild. Em 1969, Bley compôs e fez arranjos para a Liberation Music Orchestra de Charlie Haden. Em 1971 conclui sua ópera Escalator Over The Hill, para uma super-orquestra crossover que incluía Jack Bruce, Don Cherry, Linda Ronstadt, Gato Barbieri, John McLaughlin, Dewey Redman e Charlie Haden, entre outros. Nos anos 70 e 80, Bley continua a dirigir a JCOA, compor, fazer turnês e gravar para seu próprio selo, Watt. Após o fechamento da JCOA, Bley seguiu trabalhando com uma nova big band. Devem ser registrados ainda os duetos e co-lideranças de Bley com o contrabaixista Steve Swallow.

A estranha música desta pianista, compositora e bandleader é difícil de classificar. Como nota o crítico André Francis, dentro de Carla Bley parecem coexistir diferentes personalidades independentes e até conflitantes. Se for preciso buscar uma analogia em outros gêneros de música, o nome que nos ocorre antes de qualquer outro é o do peculiaríssimo compositor francês do início do século XX, Erik Satie. As características da música de Satie estão todas presentes na música de Carla Bley: os títulos irônicos, o gosto pelas sonoridades grotescas, as citações feitas com fins paródicos, a repetição ad nauseam de padrões rítmicos, e o uso abertamente kitsch de clichês da música mais comercial - às vezes claramente irônico, porém às vezes perpetrado com uma candura tal que nos deixa em dúvida se, desta vez, ela está mesmo falando aquilo a sério. Também assim como em Satie, tudo isso vem amarrado por um manejo perversamente competente da técnica composicional e orquestral, que aqui e ali nos lembra que, por baixo de toda aquela aparente anarquia e paródia, existe na realidade uma mente musical solidamente embasada a mexer as cordinhas. Não sendo uma virtuose de seu instrumento, Carla Bley desenvolveu um estilo instrumental bastante peculiar, reservando as passagens mais difíceis a solistas tecnicamente mais bem preparados.

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