Sensibilidade e inventividade, estas são duas características que descrevem bem o fenômeno da nova geração chamado Ebinho Cardoso. Se você ainda não o conhece, terei o prazer de apresentá-lo. Este contrabaixista de mão cheia tem se destacado no cenário nacional pela forma diferenciada com que toca seu instrumento. Nascido em Mato Grosso, Ebinho ganhou um guitarra de sua mãe aos 15 anos de idade, mas logo trocou-a por um contrabaixo para poder tocar em uma banda local. A paixão tornou-se imediata, porém, sua grande percepção harmônica e seu gosto refinado pelo Jazz e MPB o fizeram seguir um caminho que fosse além da função de conduzir, ou de “segurar a base” como até hoje é imposta aos baixistas. Então o músico e pesquisador pôs a mão na massa, isto é, nas cordas e por sete anos de sua vida pesquisou intensamente técnicas alternativas pra que o contrabaixo pudesse ser visto também como um instrumento de acompanhamento harmônico, tal qual a guitarra, o violão ou o piano. E foi muito feliz, teve o privilégio de estudar e pesquisar mentes brilhantes como Ian Guest, o guitarrista Sidney Duarte o baixista Jorge Hélder e outros grandes mestres. Desse trabalho resultou o livro “Harmonia e Dicionário de Acordes para Baixo Elétrico“, lançado em 2006, trata-se do primeiro livro didático nacional a falar com muita clareza sobre formação de acordes para baixo.
Como conseqüência do sucesso do livro, outras oportunidades foram surgindo, como o a gravação do seu DVD aula “Técnicas Alternativas para Baixo Elétrico”, pela editora HMP, dirigido pelo brilhante Celso Pixinga. Ebinho passeia muito bem pelos campos da composição e do arranjo, possui dois CD’s: “Verticais” e “No rastro dos ruídos remotos das rodas da infância”, este último um lindíssimo trabalho apenas de contrabaixo e voz, com a participação mais que especial do bandolinista virtuose Hamilton de Holanda. Nessas obras, Ebinho coloca em prática todo um caminho musical escolhido, onde a beleza está justamente nas novas perspectivas de execução e sonoridades, juntando sensibilidade, música brasileira e o bom toque jazzístico. Ouça aqui uma demonstração:
Em 2009, foi um dos selecionados pelo projeto Pixinguinha e gravou o CD “Cerrado” com Sandro Souza (bateria), David Feldman (piano) e André Vasconcelos (baixo Acústico), ainda a ser lançado. Apesar de morar longe dos grande eixos musicais do país, sua competência e talento fazem com que excursione o Brasil nos importantes festivais e feiras de música. Já dividiu o palco com nomes importantes como Carlos Malta, Glauton Campelo, Milton Guedes, Renato Braz, Celso Pixinga, Nilton Wood, Itamar Collaço, Arthur Maia, Fabinho Costa, Di Steffano, Douglas Las Casas, Carlos Bala, Daniel Santiago, Hamilton Pinheiro, Hamilton de Holanda, Thiago Espírito Santo, Márvio Ciribelli, Marcos Nimrichter, Ademir Junior, Dario Galante, Sergio Groove, Junior Primata, Marku Ribas, Augusto Silva (Spok Frevo), Sergio Galvão, André Vasconcellos, Toninho Horta, Moisés Alves, Marcelo Maia, Ian Guest, Zé Canuto entre outros. Ministra workshops explicando suas novas técnicas e é articulista da Revista especializada Baixo Brasil.
Para saber mais de Ebinho Cardoso visite o blog AiqueJazz!!!
3 comentários:
Valeu Tarcísio!!! Gostei muito da técnica do Ebinho e estou contente que voltou a postar no Farofa. Poxa, não suma né rapaz!!! rsrs
abração e feliz 2010!! Sucesso nos estudos musicais!!
Valew Vagner..um grande abraço mano! Your blog rules!!!
Como disseram os outros, "Valeu!" haha. Me pergunto se Alex Malheiros foi uma da suas influências.
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