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Kevin Eubanks e a arte do violão jazzístico


Sabemos que num estilo musical como o jazz, que demanda técnica e criatividade, todo instrumento tem a sua história estigmatizada pela tragetória de um, dois, três...pouco mais do que cinco instrumentistas que, por terem contribuído com o desenvolvimento técnico e estilístico do instrumento, acabaram se tornando legendas para todos os outros que vieram depois deles - a guitarria jazzística, por exemplo, pode ser resumida genealógicamente em torno de alguns poucos nomes como Charlie Christian, Wess Montgomery, Grant Green, Pat Metheny, não muito mais do que esses. Então, a saída pra soar original e não ficar sempre na sombra das influências já tarimbadas é criar um estilo próprio ou usar uma nova fórmula: formar um combo com uma configuração diferente das formações convecionais, arriscar por experimentos inusuais, arranjos diferentes e composições diferentes das dantes usadas, e por aí vai. E foi isso, então, que o guitarrista young lion Kevin Eubanks fez em meados da década de 80 para o início da década de 90. Logo após ter passado sua fase de aprendizado como sideman e leader iniciante, Kevin passou a dar uma atenção toda especial ao violão (ou guitarra acústica), instrumento não tão usual na esfera jazzística quanto é na música brasileira e espanhola.



Faixas dos discos World Trio & Spiritalk

Inicialmente influenciado pelas guitarras de Wess Montgomery e Pat Martino, Kevin Eubanks - irmão do trombonista Robin Eubanks e do trompetista Duane Eubanks - abandonou o curso de música do prestigiado conservatório Berklee College of Music, de Boston, para correr atrás de trabalho nas bandas de Nova Iorque. Deu certo. O enorme talento do jovem Eubanks logo chamou a atenção do maior descobridor de talentos da história do jazz: o veterano hardbopper e baterista Art Blakey, músico que fez da sua banda Jazz Messengers (1954-1990) não só a maior fonte de talentos, mas a banda de maior duração na história que, inclusive, colaborou para descobrir a maioria dos young lions, jovens músicos que renovaram as estéticas do jazz acústico na década de 80 e, consequentemente, sepultaram a tendência das guitarras psicodélicas, dos grooves eletrônicos e toda a parafernália metálica que destoou o jazz da sua indentidade natural imposta pelos grandes mestres até meados dos anos 60. E Kevin Eubanks, mais um desses "jovens leões", passou, a partir de então, a arranclar aplausos em suas atuações nas bandas de Art Blakey, Sam Rivers, Slide Hampton, Roy Haynes e Dave Holland, com quem acabou firmando grande amizade e parceria. Lembrando também que, em paralelo à sua contribuição com Holland, Eubanks passou a colaborar com Steve Coleman na formação do estilo M-Base em alguns dos primeiros álbuns dessa estética.




Desde o íncio dos seus lançamentos a partir de 1982, Kevin Eubanks já vinha usando o violão (ou acoustic guitar, como é mencionado nas linners notes dos discos) ao lado da convencional guitarra elétrica ou semi-elétrica, usada, por vezes, perto do estilo "montgomeryano" entre o novo hard bop da época (ou neo-bop) e o post-bop mais elástico com tênues influências do rock e fusion. Porém, a partir do início dos anos 90, Kevin passou a dar maior atenção às possibilidades acústicas do violão através de formações em trio e quarteto, as quais passaram a ter colaborações regulares de grandes sidemans como os contrabaixistas Dave Holland e Charnett Moffett, o baterista do M-Base Marvin "Smitty" Smith, o flautista Kent Jordan, o trombonista Robin Eubanks (seu irmão mais velho) e o baterista francês Mino Cinelu. Com esses músicos, Kevin passou a lançar discos fantásticos onde o violão tomava a linha de frente como solista e harmonizador - alguma das vezes ao lado de um instrumento melódico (flauta ou trombone), enquanto que o contrabaixo e a bateria ditavam as pulsações e os beats numa rítmica quase sempre funky e proliferada. A bateria polirrítimica de Marvin "Smitty" Smith soa perfeita nessa abordagem ao ditar a intensidade da improvisação, ao mesmo tempo em que os ataques, os dedilhados e as frases emitidas pelas cordas de aço do violão de Kevin soam "sujos", "crus" e virtuosos. O contrabaixo, por sua vez, colabora com a efetiva consistência do som, ora acentuando um solo junto às cordas mais graves do violão, ora de forma contrapontística e pulsante no acompanhamento. Essa abordagem pode ser conferida, na totalidade da sua essência, em pelo menos três discos de Kevin Eubanks lançados seguidamente pelo selo Blue Note: Turning Point (1990), Spiritalk 1 e sua continuação Spiritak 2 (1993/94). Há também o excelente disco World Trio (1995) lançado pelo selo Intuition, um registro do projeto em trio - já próximo aos aspectos da world music acústica - com o já conhecido Dave Holland e o fantástico baterista e percussionista francês Mino Cinelu.


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