(Sony - BMG)
Onde encontrar: Livraria Saraiva
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5º Movimento - Hellbound Highball (Harlem's Quartet)
Para quem gosta de música erudita - especificamente de música de câmera - este disco será um deleite, assim como são os concertos para quarteto de cordas escritos por Bela Bartók (1881-1945) e as obras de Antonin Dvorák(1841-1904): lembrando que Dvorak, compositor austríaco, foi o pioneiro das fusões de música erudita com a música folclórica dos eslavos e Bartók, compositor hungaro, foi o pprincipal compositor de música erudita a dar importância para o estudo das músicas étnicas, chegando a fundir sua composição vanguardista com elementos das músicas romena, búlgara, hungara, croata, sérvia e etc. Aliás, Wynton já admitiu que se inspira em Bartók em suas fusões neo-tradicionalistas, as quais mostram arranjos únicos com misturas entre que há de moderno na instrumentação do jazz e da música contemporânea com o que há de arcaico e rústico no blues, cajun, spirituals, cakewalke e música creole - rítmos e estilos musicais presentes na cultura afro-americana a partir do final do século 19 ( principalmente em New Orleans que foi o berço do Jazz). E este album, All Octoroon Balls, é um registro essencial para entender como essas fusões são possíveis: trata-se de uma das mais geniais composições contemporâneas para essa formação clássica de quarteto de cordas. Estreando sua primeira composição para esta formação, Wynton mostra arranjos peculiares através da sua escrita complexa calcada na música erudita moderna, trazendo para a pauta musical expressões e notações que possibilitam com que os intérpretes produzam e reproduzam as temáticas, os rítmos sincopados, a instrumentação "suja", "crispada" e "rústica" que caracterizam a liberdade e improvisação jazzística. Ou seja, através de All Octoroon Balls, Wynton evidencia várias temáticas históricas do Crescent City de uma forma muito contemporânea através de saltos, rangidos, trôpegos polirrítmicos e conversações contrapontísticas por demais intrincadas, mostrando arranjos que fazem alusão aos barulhos dos trens, ao blues, ao ragtime, às festas folclóricas da comunidade creole, à relação do início do jazz com os prostíbulos de New Orleans (chamados "Balls") e suas prostitutas creoles (chamadas "Octoroons"). Recém-chegado, All Octoroon Balls era um disco que faltava no mercado brasileiro e que, também, não se encontra em blogs e programas de download.
Onde encontrar: Livraria Cultura
Para quem gosta de música erudita - especificamente de música de câmera - este disco será um deleite, assim como são os concertos para quarteto de cordas escritos por Bela Bartók (1881-1945) e as obras de Antonin Dvorák(1841-1904): lembrando que Dvorak, compositor austríaco, foi o pioneiro das fusões de música erudita com a música folclórica dos eslavos e Bartók, compositor hungaro, foi o pprincipal compositor de música erudita a dar importância para o estudo das músicas étnicas, chegando a fundir sua composição vanguardista com elementos das músicas romena, búlgara, hungara, croata, sérvia e etc. Aliás, Wynton já admitiu que se inspira em Bartók em suas fusões neo-tradicionalistas, as quais mostram arranjos únicos com misturas entre que há de moderno na instrumentação do jazz e da música contemporânea com o que há de arcaico e rústico no blues, cajun, spirituals, cakewalke e música creole - rítmos e estilos musicais presentes na cultura afro-americana a partir do final do século 19 ( principalmente em New Orleans que foi o berço do Jazz). E este album, All Octoroon Balls, é um registro essencial para entender como essas fusões são possíveis: trata-se de uma das mais geniais composições contemporâneas para essa formação clássica de quarteto de cordas. Estreando sua primeira composição para esta formação, Wynton mostra arranjos peculiares através da sua escrita complexa calcada na música erudita moderna, trazendo para a pauta musical expressões e notações que possibilitam com que os intérpretes produzam e reproduzam as temáticas, os rítmos sincopados, a instrumentação "suja", "crispada" e "rústica" que caracterizam a liberdade e improvisação jazzística. Ou seja, através de All Octoroon Balls, Wynton evidencia várias temáticas históricas do Crescent City de uma forma muito contemporânea através de saltos, rangidos, trôpegos polirrítmicos e conversações contrapontísticas por demais intrincadas, mostrando arranjos que fazem alusão aos barulhos dos trens, ao blues, ao ragtime, às festas folclóricas da comunidade creole, à relação do início do jazz com os prostíbulos de New Orleans (chamados "Balls") e suas prostitutas creoles (chamadas "Octoroons"). Recém-chegado, All Octoroon Balls era um disco que faltava no mercado brasileiro e que, também, não se encontra em blogs e programas de download.
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Beyond Quantum - Braxton/ Graves/ Parker
E diz Eduardo Chagas, do Blog Jazz e Arredores: "Beyond Quantum, disco de três sumidades, Anthony Braxton, William Parker e Milford Graves, que se encontraram para improvisar cinco peças, gravadas ao vivo no estúdio de Bill Laswell. Isso mesmo, um trio, e não três músicos a interpretar partituras de Braxton, que aqui se faz ouvir em saxofones alto, sopranino, baixo e ‘concert bass’. Com tais companhias, ao longo dos 5 “meetings” de Beyond Quantum, o saxofonista brilha à vontade e voa livremente por entre os pilares de Parker e Graves. É incrível a troca de ideias, tal como o balanço polirritmico e a variação dinâmica ao longo de 63 minutos de inspiração e emoção pura. Além do mais, esta é uma das raras oportunidades de ouvir mestre Milford Graves, pela primeira vez na companhia de Braxton e Parker, ele que, sendo um dos maiores bateristas do free jazz, foi sempre foi tão discreto, em particular em anos recentes. Na verdade, o trio resultou em cheio e o disco está fadado à partida para vir a ser um clássico. Antes disso, e daqui a algum tempo, é vê-lo nas listas de melhores do ano, seguramente. Zorn apostou forte e ganhou. Edição Tzadik, Agosto de 2008.
Onde encontrar: Livraria Cultura
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