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Ellington, Monk, Trane, Mingus & Jelly Roll Morton: As fantásticas releituras de Wynton Marsalis

 Se Wynton tem uma lista pessoal  dos maiores compositores de toda a história do Jazz, Charles Mingus com certeza está em segundo lugar, logo depois de Duke Ellington. Mingus foi e é uma grande influência para Wynton porque era um músico que, em paralelo à sua ousadia e genialidade para experimentar e criar arranjos novos, valorizava  a tradição acima de tudo: Art Tatum, Charlie Parker, Louis Armstrong, Duke Ellington, Jelly Roll Morton e Fats Waller eram gênios e deuses para Mingus. Ou seja,  Mingus sempre procurou sintetizar a tradição e o moderno em suas obras, chegando a criar composições de grande universalidade e complexidade. E Wynton, por sua vez, se espelhou muito em Mingus no que diz respeito aos arranjos inusuais e à ousadia composicional: nenhum compositor foi tão ousado quanto Mingus em sua fase criativa de meados dos anos 50 a meados dos anos 70, assim como nenhum compositor foi tão ousado quanto Wynton Marsalis desde sua estréia nos anos 80 até hoje.

Abaixo, por exemplo, há um disco gravado com a big band Lincoln Center Jazz Orchestra, onde Wynton mostra seus arranjos para algumas composições de Mingus como Dizzy Moods, Meditation on Integration, Tijuana Gift Shop, Los Mariachis e Black Saint. Fanático por Mingus desde o início da sua carreira, em 1989 Wynton chegou a ser convidado por Sue Mingus e Ghunter Schuller para colaborar no concerto que deu a versão final da suíte Epitaph, a qual Mingus deixou inacabada ao falecer em 1979. Baixe o disco abaixo e veja outros exemplos de grandes arranjos e releituras realizados por Wynton Marsalis.




Don't Be Afraid: The Music of Charles Mingus


1. Dizzy Moods
2. Black Saint & The Sinner Lady (Parts 1 & 2)
3. Meditation on integration
4. Tijuana Gift Shop
5. Los Mariachis
6. Don't Be Afraid, The Clown's Afraid Too


Wynton Marsalis - trumpet
Carlos Henriquez - bass instrument
Walter Blanding - tenor saxophone
Lew Soloff - trumpet
Ted Nash - flute, soprano saxophone
Herlin Riley - drums
Vincent Gardner - trombone
Eric Lewis - piano
Marcus Printup
Ryan Kisor - trumpet
Delfeayo Marsalis - producer
Patrick Smith - enginer
Victor Goines - clarinet, bass clarinet, tenor saxophone
Joe Temperley - bass clarinet, baritone saxophone
Andre Hayward - trombone, tuba
Ron Westray - trombone
Wess "Warmdaddy" Anderson - alto saxophone

Wynton Marsalis já poderia ser chamado de gênio se apenas tivesse centrado sua carreira em realizar releituras de obras seminais de alguns dos seus preferidos mestres do Jazz, como as que já existem em suas discografia. Ele não precisaria ser o compositor genial que é, não precisaria ter sido o primeiro e único músico da história do Jazz a ter ganho um prêmio Pullitzer por uma composição em 1997 (em 2007 Ornette Coleman repetiu a façanha) ou ter ganho alguns prêmios Grammys por suas geniais composições na década de 80. Mas assim como Mingus, a ousadia de Wynton Marsalis não esta evidente apenas em seus arranjos ou na sua grande fama de estudioso e de intérprete, mas, sobretudo, em suas composições, que são únicas na forma e nas cores: são composições cheias de arranjos inusuais, os quais procuram miscigenar os vários aspectos, elementos e técnicas tradicionais aos elementos modernos e contemporâneos -- isso sem falar em suas obras que mistura elementos da música erudita com os do Jazz.  Em se tratando apenas de releituras, porém, Wynton se destaca de forma muito expressiva na recriação de obras que poucos ousaram recriar. Arranjos inusitados, concisão e uniformidade são suas marcas registradas nesses projetos. Apesar dele manter lealdade à obra original, ele acrescenta muito da sua personalidade, transformando o que era pra ser uma mera releitura numa verdadeira obra-prima de tanto valor quanto a original. Abaixo alguns exemplos das fantásticas recriações do fanático e famigerado trompetista, arranjador e compositor de New Orleans:


Clique aqui para comprar este discoClique aqui para comprar este discoLive in Swing City/ Portraits by Ellington

Duke Ellington é a maior influência de Wynton, é a sua especialidade dentro da universalidade com que aborda o Jazz! E esses dois discos são versões fantásticas de Wynton  -- com a Lincoln Center Jazz Orchestra -- dada às composições do Duque. Tirando os pouquíssimos arranjos próprios, está tudo bem fiel ao Duke original. Há, porém, um aspecto mais fresco, com solos mais calorosos por parte de Wynton e seus sidemans: as coloridas harmonias ellingtonianas são tocadas de forma espirituosa, as melodias são alegres e evidenciam a dança e o aspecto festivo do swing, bem como os arranjos são fantásticos e valorizam muito cada naipe -- arranjos entre os quais há muito o da surdina em citação a Cootie Williams, o trompetista que popularizou esse recurso na big band de Ellington.

Os dois discos foram gravados ao vivo. Portrait by Ellington contém uma das estruturais suítes de Ellington: a Liberian Suite, composta em seis partes. O disco Live in Swing City é uma gravação enérgica gravada no clube citado que mostra bem o contado com o público. Enfim, Wynton Marsalis e sua big band interpretam Duke Ellington com a mesma fidelidade e requinte com que um grande maestro rege uma obra de Beethoven ou Mozart. Para Wynton todos os músicos de Jazz deveriam, em paralelo à sua constante evolução, valorizar e reviver sempre a tradição, valorizando os grandes mestres do passado de igual modo com que a música erudita valoriza, incenssantemente, os seus mestres compositores.



Clique aqui para comprar este disco Wynton Marsalis plays Monk (Standard Time Vol 4)

Thelonious Monk sempre foi, para muitos, o mais excentrico e peculiar pianista da história do Jazz, além de ser um dos compositores mais originais. Interpretar as estranhas obras de Monk com a mesma originalidade e dissonância com as quais o próprio pianista as tocava pode ser uma tarefa por demais difícil e constrangedora. No entanto, Wynton Marsalis nos mostra uma versão crua e original de Monk, com arranjos e solos que dispensam comentários! Gravado em 1994, este disco é o quarto volume da série Standard Time. Trata-se de algumas das grandes (e estranhas) composições de Monk arranjadas e reescritas para o distinto Wynton Marsalis Septet.





Clique aqui para comprar este disco A Love Supreme


Esta é uma das transcrições mais fantásticas que eu já ouví. Wynton Marsalis mostra que nem a A Love Supreme de John Coltrane está livre de ser recriada para outra formação com tanta genialidade e intensidade quanto a vista na gravação original, composta em 1964 para um quarteto que tinha Coltrane no sax tenor, Elvin Jones na bateria, Jimmy Garrison no contrabaixo e McCoy Tyner no piano. A primeira coisa que nos vêm em pensamento quanto à essa obra prima é a dificuldade que Wynton teve para reescrever a suite para sua big band Lincoln Center Jazz Orchestra. Segundo o próprio Elvin Jones, baterista de Coltrane na época da estréia de A Love Supreme, Wynton criou mais uma obra-prima ao transformar a suite composta para um quarteto numa peça para big band.



Clique aqui para comprar este discoMr Jelly Lord (Standard Time Vol 6)

Fascinado pelo tradicional New Orleans Jazz, configuração primária a nascer na cidade de new Orleans, sua terra natal, Wynton escolheu Jelly Roll Morton para homenagear o estilo em sua distinta série Standard Time, sendo este disco o sexto volume da série. Com seu Septeto composto por músicos de New Orleans e as participações especiais do clarinetista Michae White e o banjolinista Don Vappie, também nativos da cidade mãe do jazz, Wynton cria uma versão fiel das composições e arranjos de Jelly Roll Morton, considerado o primeiro dos grandes pianistas de Jazz.  Considerado um dos pais do jazz, ou seja, aquele que desprendeu o Jazz das rags e das marchas, contribuindo em muito para o surgimento de caracteríscas novas e próprias, o próprio Jelly Roll Morton se auto-intitulava como o criador do jazz. Bem...se ele não foi, ele chegou perto!





Clique aqui para comprar este disco Joe Cool's Blues

As faixas desse disco se dividem entre aquelas tocadas pelo Septeto de Wynton Marsalis e o trio do seu pai, o pianista Ellis Marsalis. É um disco agradável de se ouvir, contém um clima de humor e partes intimistas. Esteticamente o álbum é pluralizado com faixas que evocam desde o moderno Jazz até composições ao estilo de New Orleans. A ênfase do disco, no entanto, são as releituras às geniais composições de Vince Guaraldi, compositor que ficou famoso por compor a trilha sonora de “Charlie Brown”, famosa série de cartoon e desenho animado da TV americana. Mas há também composições originais, as quais foram escritas com a intenção de homenagear o célebre cartoon de Charles Schulz. Na capa dois dos personagens do cartoon: Snoopy e Charlie Brown.

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