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Improvising with Numbers: cinco grandes álbuns de música erudita contemporânea gravados no início do século 21 (parte 1)


Olá galera sedenta por música nova, seja bem vinda à série de posts "Improvising with Numbers", onde criou listas de registros baseados em temáticas específicas! Okay, na música pop nós já tivemos, recentemente, alguns nomes que nos trouxeram canções com nuances contemporâneas: vamos convir que a banda de rock Radiohead, a cantora pop Björk e o cantor de jazz-pop Jamie Cullum são entidades bem originais neste quesito. Okay, no jazz, também recentemente, tivemos uma pá de novos músicos e bandas que trouxeram um novo frescor ao gênero: basta ouvir as empreitadas do saxofonista Tim Berne, o guitarrista Kurt Rosenwinkel, a banda James Farm ou o pianista Vijay Iyer para se constatar que  há muito tempo o jazz, propriamente dito,  não soa com aquele swing manjado, caracterizado por um shuffle marcadinho e/ou um walking bass apenas em compassos simples. Mas para quem ama e acompanha música erudita sabe que não tem sido fácil, mesmo agora na "era digital", encontrar música nova neste universo milenar -- pelo menos para nós brasileiros não tem sido fácil. Quando não agraciado de sorte para tentar encontrar CD's importado em lojas como Fnac ou Livraria Cultura, é preciso que o ouvinte brasileiro interessado em música erudita contemporânea garimpe, leia blogs, sites e portais especializados -- de preferência escritos em inglês e outras línguas -- e disponha de alguns tostões para comprar CD's via sites de vendas on line, tais como Amazon, E-Bay e CD Universe, já que até o download gratuitamente compartilhado é menos disseminado entre os amantes deste gênero. E é por causa desta dificuldade que este blog está abordando alguns dos mais emblemáticos compositores contemporâneos -- trata-se de uma atividade que, se não proporciona os registros de mãos beijadas, ao menos direciona esses ouvintes  em sua busca por música nova. Neste post, por exemplo,  indico cinco excelentes registros de música erudita contemporânea -- quatro deles já citados aqui nas resenhas sobre os respectivos compositores, inclusive -- com peças que foram compostas, revisadas e lançadas neste início de século. Há, com certeza, outros. Mas, por ora, são só cinco. Depois haverão outros posts com mais novos registros eruditos. Segue:



All Rise, primeira sinfonia de Wynton Marsalis para Big Band de jazz, coro e Orquestra (2001)




All Rise é a primeiro peça sinfônica escrita pelo compositor americano Wynton Marsalis. Encomendada pelo maestro Kurt Masur para a Filarmônica de Nova Iorque, a peça foi lançada no álbum All Rise (Sony Classic) em 2001, tendo sido gravado pouco depois dos ataques terroristas do 11 de setembro: o registro traz o próprio Wynton Marsalis liderando a big band Lincoln Center Jazz Orchestra e o maestro Esa-Pekka Salonen à frente da Orquestra Filarmônica de Los Angeles. Trata-se de uma sinfonia no melhor estilo "third stream" e neo-clássico contemporâneo, com direitos a diversos momentos de clamor nacionalista que abrangem várias tradições musicais da América e, portanto, várias estilos e sonoridades musicais arcaicos e modernos que permeiam a cultura estadunidense: as orquestrações e rítmos intercalam ragtime, marching band, coral gospel, música latina, swing, bebop, brass band, orquestra sinfônica, combos de bebop e etc; e os estilos tradicionais evocados abrangem negro spirituals, gospel, dixieland, blues, swing inspirado em Duke Ellington, o bebop de Charlie Parker, o espiritualismo e o jazz modal de John Coltrane, ópera, valsas clássicas e, claro, música erudita com inspirações diversas que vão de Bethoven a Aaron Copland, de Gershwin a Igor Stravinsky. Criação fantástica de Wynton Marsalis!!! Clique na tag "Wynton Marsalis" no final deste post para acessar informações e ouvir a obra!!!




Steve Reich: WTC 9/11, Mallet Quartet, Dance Patterns, com Kronos Quartet (2011)



Recém ganhador do prêmio Pulitzer e considerado pela mídia especializada como um dos dois ou três maiores compositores vivos, Steve Reich, de 74 anos, acaba de lançar sua mais polêmica obra dos últimos anos: a peça WTC 9/11, também relacionada à tragédia do 11 de Setembro. Contudo, é preciso frisar que toda a polêmica gerada advém mais do fato de o compositor escolher uma capa sombria para o encarte do CD do que pelo caráter musical das peças contidas no registro: disposta em sua pré-venda no site da Amazon e em outros sites, a capa do CD gerou uma grande celeuma entre os norte-americanos, o que fez o compositor mudar para uma capa mais "light". Pioneiro da música minimalista e precursor de técnicas de repetição como sampling e phasing na utilização de fitas magnéticas, toca discos e outros recursos orgânicos e eletrônicos, Reich inclui neste registro três quartetos de cordas -- aqui a cargo do emblemático Kronos Quartet -- que são, por ora, misturados com vozes extraídas das próprias chamadas telefônicas e entrevistas feitas com moradores de nova iorque naquela trágica manhã do dia 11 de setembro de 2001, no momento e depois da tragédia. O CD também ainda traz o grupo So Percussion interpretando a peça Mallet Quartet, composta em 2009, e o compositor liderando um grupo de músicos executando seu Dance Patterns, de 2002. Reflexivo! 




Wolfgang Rihm / Ensemble Modern / Dominique My – Jagden Und Formen (2002)


Iniciada em 1995, esta peça só foi revista e acabada em 2001. Aqui, em Jagden und Formen, Wolfgang Rihm — um compositor inicialmente atrelado ao movimento dos anos 70 e 80 conhecido como “Nova Simplicidade” — sai um pouco fora do seu subjetivismo contemplativo para explorar a seara dos rítmos e formas. No encarte deste CD, há uma excelente sinopse que explica os propósitos da obra: e lá diz que um dos propósitos do compositor foi fazer com que essa peça soasse como uma locomotiva em movimento -- só que isso acontece de forma mais pontilhista, cheios cintilâncias brilhantes do que bem marcada. Gravada em 2001 pelo Ensemble Modern, uma orquestra de câmera com musicos especializados em música moderna e contemporânea, Jagden und Formen é uma sequencia de aforismos que reúne lampejos rítmicos, espasmos explosivos, efeitos contrapontísticos e um trabalho fenomenal de timbrística, ou seja, uma combinação fantásticas de timbres reunindo violinos, piano, marimba, instrumentos de metais e quites de percussão. Uma obra ainda com ecos da vanguarda européia do século XX, mas totalmente reveladora! A condução de Dominique My é fantástica. Clique na tag "Wolfgang Rihm" no final deste post para acessar informações. Clique aqui para ouvir a obra!!!




Ensemble Modern Plays Frank Zappa: Greggery Peccary & Other Persuasions (2004)




Para quem ainda não sabe o roqueiro americano Frank Zappa também foi um respeitado compositor de música erudita contemporânea. E aqui trago mais um registro indispensável do emblemático Ensemble Modern. A primeiras gravações do Ensemble Modern dedicadas à obra erudita de Zappa foram realizadas sob sua própria supervisão entre 1991 e 1992: as peças foram todas encomendadas e eram peças curtas e complicadas, com elementos de improvisação livre e com partes faladas por narradores e vocalistas (textos que expressavam a sua crítica irônica). Em 1992 essas peças foram realizadas, ao vivo, as gravações dessas peças sendo tocadas no Festival de Frankfurt sob a direção do maestro Peter Rundel, as quais deram origem ao extraordinário álbum The Yellow Shark (Rikodisc), atualmente considerado um dos registros “cults” da música erudita contemporânea. Antes, em 1991, o Ensemble Modern havia entrado em estúdio para gravar um ensaio preparativo para o próprio The Yellow Shark, com um outro conjunto de peças gravadas que ficariam arquivadas até serem editadas e lançadas em disco em 1999, pela Família Zappa: o resultado foi o álbum Everything Is Healing Nicely (UMRK). Em 2003, o Ensemble Modern lançou o álbum Ensemble Modern Plays Frank Zappa: Greggery Peccary & Other Persuasions (RCA Red Seal), esse com quase as mesmas características dos álbuns anteriores – com arranjos eruditos e o uso de vocalistas e narradores –, só que as audições são mais acessíveis e familiares para o fã que só ouviu a faceta roqueira do mestre: aqui, ao contrário dos dois álbuns anteriores, constituídos de peças que foram encomendadas diretamente a Zappa, o ensemble não só toca peças que estavam a muito guardadas no catálogo como também faz uma releitura de algumas canções e peças gravadas em discos da sua fase roqueira e fusionista: estão relacionados, por exemplo, temas como The Adventures of Greggery Peccary, do álbum Sudion Tan (1978), e "Night School" e "Beltway Bandits", ambas do disco Jazz From Hell, dentre outras. As influencias de Zappa abrangem o rock, a vanguarda erudita do século XX (Stravinsky, Varèse, Kagel e etc) e o jazz. Clique na tag "Frank Zappa" no final deste post para acessar informações e ouvir a obra!!!



Clarinet Concerto, Gran Duo, Chorale - Magnus Lindberg (2004)



Marcado pelo uso de manipulação eletrônica e atonalidade -- vide as emblemáticas peças Action-Situation-Signification (1982) e Kraft (1983-85) --, o compositor finlandês Magnus Lindberg rumou gradativamente, a partir dos anos 90, para um estilo mais consoante com a "nova tonalidade", o novo classicismo da música erudita contemporânea que mescla atonalidade com tonalidade, resgata certos valores barrocos, clássicos e românticos e trabalha formas menos alusivas aos extremismos das vanguardas do século XX. Com essa atitude, o compositor, que já vinha sendo automaticamente reconhecido nos anos 80 e meados dos anos 90, mesmo em suas obras mais atonais, agora está em fase de um reconhecimento ainda mais midiático: não à toa, nos últimos anos, a partir de 2009, Magnus Lindberg foi preterido para ser o compositor residente da Filarmônica de Nova Iorque, já tendo sido contratado para escrever peças para grandes orquestras como a Filarmônica de Berlim e a San Francisco Symphony. A obra que mais sintetiza este momento mais recente do compositor é seu Concerto para Clarinet e Orquestra, composto neste estilo entre o neoclássico e o neoromântico. O concertista é o clarinetista finlandês Kari Kriikku e a orquestra é a Finnish Radio Symphony (Orquestra da Radio Filandesa) sob a regência de Sakari Oramo. O CD ainda traz mais duas peças de Lindberg no mesmo estilo classicista contemporâneo: Gran Duo e Chorale. Lindo! Clique na tag "Magnus Lindberg no final deste post para acessar informações e ouvir a obra!!!

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