Natural de Itabaiana , interior da Paraíba, Severino dias de Oliveira começou a tocar sanfona aos 9 anos de idade, em feiras, festas, batizados etc., e tornou-se um dos estilistas do instrumento. Aos 15 anos foi para Recife, onde começou a carreira profissional na Rádio Clube de Pernambuco, e adotou o nome artístico de Sivuca. Aos 18 tornou-se aluno do maestro Guerra-Peixe, com quem aprendeu arranjo e composição. Gravou o primeiro LP em 1950, em parceria com Humberto Teixeira, que gerou o primeiro sucesso, "Adeus, Maria Fulô", regravada em versão psicodélica pelos Mutantes em seu disco de 1968 . Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, sendo contratado pela Rádio e TV Tupi. Gravou mais três LPs e fez algum sucesso, até que em 1958 foi pela primeira vez para a Europa com o grupo Os Brasileiros, de que era o acordeonista. Acabou radicando-se em Lisboa, e em seguida em Paris, onde gravou discos e fez diversas apresentações. Em 1964 mudou-se para Nova York, e lá viveu por 12 anos. Trabalhou com Miriam Makeba, para quem fez o célebre arranjo do mega sucesso "Pata Pata" e com ela excursionou pela Ásia, África, Europa e Américas, até 1969. Nos Estados Unidos trabalhou com outros artistas brasileiros, como Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Gloria Gadelha, com quem se casou e compôs " Feira de Mangaio", considerado um dos clássicos do forró. Outras parceria bem-sucedidas são "João e Maria" (com Chico Buarque), "No Tempo dos Quintais" (com Paulo Tapajós), "Energia" (com Glória Gadelha) e "Cabelo de Milho" (com Paulo Tapajós). Na década de 70 tornou-se popular nos países escandinavos, gravando discos ao vivo e fazendo muitos shows. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982). Em 20 de novembro de (2006) lança o DVD “Sivuca – O Poeta do Som”, totalmente produzido na Paraíbaem em homenagem aos seus 75 anos, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba. Faleceu em 14 dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flavia, que atualmente está levantando o acervo do pai e mais três netos, Lirah, Lívia e Pedro. É chamado no meio artistico de "O maestro da sanfona". É amado por Caetano Veloso, Jorge Ben, e Gilberto Gill. Se essa referência não é o suficiente para que os reis da Tropicália têm todos reconheceram a influência da Sivuca, ele foi um dos primeiros artistas brasileiros jazz para estabelecer uma carreira na E.U.A. nos anos 60.
O fantástico Live at the Village Gate de 1973, traduz um Sivuca de primeira linha para os americanos que o aplaudiu de pé ao desgusta a cultura brasileira nas veias desse multinstrumentista do sertão da paraiba como o codnome de Sivuca. Além de vocalizar, surpriende como acordianista, guitarrista, e compositor, para o espanto dos gringos. Simplesmente um album album impecável para qualqur coleção e o melhor, uma viagem pela bossa nova e um passeio pelas raizes tupinique. "Live at Village Gate" é magistral e uma obra prima na carreira de Sivuca. Selo: Vanguard (EUA) / Copacabana (Brazil). Caso você queira baixar este álbum, procure-o no excelente buscador Captain Crawl.
Vale apena ler o texto do jornalista Arnaldo DeSouteiro sobre Sivuca: "Ontem eu soube da morte de 2 amigos meus, o saxofonista Frank Vicari e o produtor Ahmet Ertegun (fundador da gravadora Atlantic), mas nada sabia sobre o Sivuca. Tomei conhecimento somente agora. Eu poderia escrever até um livro sobre Sivuca, conheço profundamente a obra dele. Mas agora, só dá pra sair um pequeno comentário" ...
01 - Adeus Maria Fulo
02 - Berimbau
03 - It Might Have Been
04 - Rancho Fundo
05 - Ain's No Sunshine
06 - Marina
07 - Coisa nº 10
08 - Batucada
Sivuca - Vocais, Guitarra, Accordion, Piano e Percussões
Cindy Kimball - Vocais e Percussões
Morris Goldberg - Woodwind (inst. de sopro de madeira)
Mervin Bronson - Baixo
Angel Allende - Percussões
Sadiq Shabazz- Bateria
Uma Colaboração do Blog Borboletas de Jade
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