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Don Byron - Live at the Quasimodo, Berlin ( Bootleg )

Don Byron, o o gênio camaleonico do jazz contemporâneo


Don Byron, nascido em novembro de 1958, é um dos mais inquietantes músicos norte-americanos. Multiinstrumentista, mas adepto mais ao clarinete, Byron tem se mostrado um camaleão no que diz respeito ao seu trafegar artístico: suas preferências musicais, a escolha pelo clarinete e toda a sua obra é, de certa forma, livre e eclética, mas a muitas dessas escolhas foram desenvolvidas baseadas em sua educação e vivência no bairro do Bronx, subúrbio Nova York. Tudo começou quando ele ainda era criança: ao descobrir que sofria de asma, o médico lhe receitou que se ocupasse a estudar um instrumento de sopro como terapia e, então, o instrumento escolhido foi o clarinete. Como sua mãe era pianista e seu pai era um ocasional baixista que tocava numa banda de calypso, Byron recebeu grande inventivo musical que, aliado à escolha pelo clarinete, o levou a pesquisar por grandes clarinetistas do jazz como Tony Scott, Artie Shaw e especialmente Jimmy Hamilton.

Fanático também por Duke Ellington, o adolescente Don Byron absorveu, além do jazz, todos os estilos de música que estavam ao seu redor. Uma das grandes influências adquirida no bairro do Bronx partiu da suas audições de Klezmer music, pois o bairro ainda tinha uma considerável população judaica antes da explosão populacional que trouxeram os negros e latinos do sul e Caribe. Esse gosto pela música judaica lhe acompanha até hoje e está explícito em trabalhos iniciais da sua carreira como no disco Plays the Music of Mickey Katz ( Nonesuch 1993), um revival da música do clarinetista judaico-americano Mickey Katz (1909-1985), um músico e comediante dos tempos do Swing Jazz. Mas, consequentemente, ele também foi influenciado pelos rítmos caribenhos e pelo Hip Hop, expressão artística e cultural que explodiu nas ruas do Bronx no final dos anos 60: inclusive, Byron gravou um grande disco baseado no Funk e Hip Hop chamado Nu Blaxploitation (Blue Note 1998), altamente recondendável.

Byron tem formação musical pelo renomado New England Conservatory of Music, onde estudou com o grande George Russel (o criador do jazz modal) e tocou numa banda de klezmer do conservatório chamada Hankus Netsky's Klezmer Conservatory Band. Logo após sua formação em meados da década de 80, mudou de Boston para Nova Iorque onde passou a colaborar com músicos do free jazz como David Murray, Craig Harris, e Hamiet Bluiett. Em 1992 ele estréia como líder lançando o disco Tuskegee Experiments (Nonesuch), um registro que mescla Klezmer com improvisações atonais bem ao estilo do free jazz e já evidencia toda a sua incomum peculiaridade, o que causa estranhamento na crítica especializada por se tratar de um músico negro com outros gostos difusos além da música afro-americana. Mas as influências de Byron não param por aí: ele é um dos nomes mais respeitados no cenário da Downtown nova-iorquina, tendo como parceiros músicos como Bill Frisell, Dave Douglas, Marc Ribot e Ralph Alessi; é associado ao movimento M-Base de Steve Coleman e também é fascinado pelos sons da Motown, especialmente pelo estilo funk-rock do saxofonista e cantor Junior Walker, a quem homenageou no seu ultimo disco Do the Boomerang: The Music of Junior Walker (Blue Note 2006). Além da sua feceta como instrumentista e compositor, Don Byron também exerce um refinado hobby por cinema alternativo e uma faceta de ativista e agitador cultural, sendo um dos membros da Black Rock Coalition, organização fundada em 1985 por Vernon Reid (guitarrista da banda de funk-metal Living Colour) para promover de músicos negros.

Aqui deixo um bootleg de Don Byron gravado em 2002 num show ao vivo em Quasimodo, Berlin. Como os bootlegs geralmente são gravações que não foram lançados no mercado fonográfico em forma de LP ou CD com os devidos encartes informativos, esta gravação carece de uma ficha técnica precisa. No entanto, após um rateio de datas e informações eu percebi que a mais provável formação que acompanha Don Byron nesta gravação seja o seu sexteto constituído do trompetista Ron Miles, o pianista porto-riquenho Edsel Gomez, o contrabaixista Leo Traversa, o percussionista Milton Cardona e o baterista Ben Wittman. Trata-se de sete faixas com que inclui baladas, temas e improvisações com influências da harmonia do M-Base e da percussão latina, um exemplo de como Don Byron pode soar exótico. As faixas, além de serem todas bem extensas, estão em ótimas qualidades de gravação com 256 kbps de bit. Outra gravação a não perder de adquirí-la é o disco Ivey-Divey (Blue Note 2004), num trio com o pianista Jason Moran e o baterista Jack DeJohnette que atualiza as abordagens do trio de Lester Young com Nat King Cole e Buddy Rich, trio histórico formado em 1947 - esse disco lhe rendeu uma nomeação ao prêmio Grammy na categoria de melhor solo de clarinete baixo na faixa "I Want to Be Happy".

Veja também Don Byron no Exoticpittajazz


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