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The Quest - Mal Waldron w/ Eric Dolphy, Booker Ervin & Ron Carter (1961)

Waldron: o grande parceiro de Steve Lacy, Marion Brown, Eric Dolphy...

The Quest, gravado em 1961 pelo selo New Jazz, também emitido pela Prestige - liderado pelo pianista Mal Waldron, com participações fenomenais de Eric Dolphy, Booker Ervin e Ron Carter - é mais um desses clássicos raramente mencionados nas lista emitidas pelos críticos e experts do jazz. Trata-se, no entanto, de um registro que é capaz de provocar êxtase e histeria através do conjunto de qualidades que ele dispõe. Aliás, este registro já mostra ser interessante antes mesmo da audição, a partir do momento em que lemos, em sua capa, a ficha técnica constituída de um estelar sexteto de configuração inusual com Mal Waldron no piano, Eric Dolphy revezando no sax alto, clarone e clarineta, Booker Ervin no sax tenor, Ron Carter no violoncelo, Charlie Persip na bateria e Joe Benjamim no contrabaixo. Porém, o que faz valer a atuação desse peculiar e estelar sexteto são as lindas e exóticas composições de Mal Waldron: pianista dos mais influenciados pelo exotismo de Theloniuous Monk, suas composições variam em andamentos e rítmos de um hard bop tortuosamente e ligeiramente suingado (como em Status Seeking e We Diddit), de baladas doces e sentimentais (como em Warm Canto, com Dolphy na clarineta, e Duquility, com Carter no violoncelo) até rítmos mais peculiares como a valsa (vide Fire Waltz) e um angular 5/4 com sombreamentos harmônicos bluesy e suavemente atonais(vide Warp and Woof). Por fim, o talento e peculiaridade de cada músico presente acabam por justificar o êxtase: as angulares e ligeiras frases parkerianas de Dolphy (com um bop já querendo ser free), a habilidade e lirismo do sax tenor de Booker Ervin (com um "quê" coltraneano), o swing e as acentuações do eficiente beat de Charlie Persip (que demonstra domínio completo do rítmo, além de improvisar um solo arrebatador em We Diddit) e o desajeito do violoncelo de Ron Carter em improvisos mais rápidos, em contrapartida do seu lirismo nas baladas. Mal Waldron, por sua vez, atua mais na supervisão das sessões e nos sombreamentos harmônicos como um sereno acompanhante do que propriamente como um solista virtuoso.

Click here for download
1 .Thirteen
2. Duquility
3. Status Seeking
4. Warp And Woof
5. Warm Canto
6. Fire Waltz
7. We Diddit

Mal Waldron - piano, composer
Eric Dolphy - alto saxophone, clarinet and bass clarinet
Booker Ervin - tenor saxophone
Ron Carter - cello
Joe Benjamin - bass
Charles Persip - drums


É preciso lembrar mais de Mal Waldron, esse que foi um dos mais peculiares pianistas do período do post-bop e do free jazz dos anos 60 e 70. Além de grande compositor e de ter um peculiar modo de improvisar -- claramente endividado com Monk, diga-se de passagem --, Waldron foi um dos grandes session mans do jazz, tendo registrado consistentes parcerias com Steve Lacy, Jeanne Lee, Marion Brown, Archie Shepp e Johnny Dyani. Como sideman, além de ter sido o ultimo dos pianistas a acompanhar Billie Holliday antes de sua morte (entre os anos de 1956 a 1959), Waldron também foi um regular colaborador de Charles Mingus (vide Pithecanthropus Erectus de 1956 e Blue Roots de 1960), John Coltrane (vide Dakar de 1963), Max Roach (vide It's Time de 1962) e Eric Dolphy (vide At The Five Spot Vol. 1 de 1961). Assim como Lacy, seu grande amigo, Mal Waldron passou a explorar o território europeu a partir de 1965 e, em 1969, gravou o álbum Free At Last, o primeiro registro realizado pelo legendário selo alemão ECM. Incansável, Waldron trabalhou sem parar até meados dos anos 90, tendo registros editados até sua morte, em 2002.

3 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Caro Vagner,
Tenho bem aqui ao meu lado exatos quatro montinhos de cd's, com cerca de trinta álbuns cada, que são alguns dos que mais gosto ou que acho que são interessantes para postar alguma resenha no JAZZ + BOSSA.
Pois bem, nesse exato instante retiro de um dos meus montinhos o cd The Quest, do maravilhoso Mal Waldron devolvo-o à estante, porque nada mais terei a dizer sobre esta soberba obra (after you, who?).
Confesso que precisei ouvi-lo algumas vezes, sua sonoridade é por vezes áspera, por vezes sinuosa, mas depois que você cruza a fronteira e entra n'A Busca, a viagem é maravilhosa.
Não há aqui um destaque individual - trata-se de uma obra coletiva, onde todos dão a sua contribuição - e todos têm a chance de brilhar (talvez o violoncelo de Carter seja o diferencial da gravação, mas não ousaria dizer que ele é "o" destaque). Não sou um ardoroso fã do Eric Dolphy (embora tenha plena consciência de sua importância no desenvolvimento do post bop jazz), mas nesse disco ele está sensacional, assim como os demais. Um disco que merece ser degustado com parcimônia, como uma fina iguaria, mas depois de prová-lo, o comensal irá se levantar da mesa completamente saciado.
Grande abraço!!!

Vagner Pitta disse...

Eu tbm gostei do violoncelo de Ron carter neste disco.

bem...este é um disco sensacional! Não é dos mais sinuosos nem espanta tanto quanto os outros discos de Dolphy ou de Waldron com Lacy, mas tem esse conjunto de fatores que eu citei, os quais acabam por deixar este disco na lista dos maiores registros realizados na década de 60 - ainda que eu nunca o ví bem listado ou bem mencionado!

Obrigado por comentar Érico!!!

laslaw01 disse...

pode colocá-lo de novo (talvez no rapidshare)? foi apago pelo mediafire!

:(

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