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O post-bop ao "som de veludo" de Alex Sipiagin e suas nuances russas

Site Oficial de Alex Sipiagin
Já há muito tempo – mais de um ano – desde que postei aqui no blog Farofa Moderna um disco (que ainda tá disponível para baixar) e uma resenha sobre o trompetista russo naturalizado americano Alex Sipiagin: pra terem acesso a esse disco, basta procurarem o nome do músico na seção Arquivos por Nomes ou clicar nos estilos neo-bop/ post-bop/ young lions na seção Arquivos por Gênero, onde ele está arquivado. A resenha de que falo foi escrita para o excelente disco Returning (2005), o quarto lançamento do trompetista sob as produções de Gerry Teekens e as masterizações de Max Bolleman, respectivamente o patrão e o engenheiro da Criss Cross, a ainda desconhecida gravadora holandesa – desconhecida para a maioria das pessoas do grande público, pelo menos – que foi e continua sendo o berço e o celeiro da maioria dos jovens-talentos americanos revelados nos anos 90 e nesses últimos anos.


Alex Sipiagin no All About JazzAlex Sipiagin é um trompetista único na linhagem de trompetistas do post-bop. Considerando a leveza e suavidade com que toca frases ágeis e sofisticadas, o seu timming – ou seja, a precisão em cada nota articulada – chega a ser algo surpreendente: isso se traduz em uma afinação inquestionável, além da façanha de soar com um “timbre de veludo” tendo, ao mesmo tempo, um sopro reto e uma articulação clara sem trôpegos ou tropeços, independente se a frase é veloz ou lírica. Aliás, ousaria a dizer que Alex Sipiagin – se não é por demais técnico – pode ser um trompetista altamente capaz de encorpar a escola de trompetistas que, ao longo da história do jazz, prezaram pelo timbre limpo, sem vibrato e aveludado e/ou pelo uso do flugelhorn: tais como Clark Terry, Chet Baker, Miles Davis, Freddie Hubbard e Enrico Rava. Quer dizer: embora seja difícil descrever o estilo de Sipiagin – já que ele me soa diferente de qualquer outro trompetista que já se tinha notícia –, é possível dizer que, além deste aspecto do “timbre de veludo”, ele também chegou a sofrer uma certa dose de influência de trompetistas que prezaram pela improvisação com ênfase nas linhas melódicas, ao invés da improvisação com ênfase na linguagem do bop obstinado que encarece a melodia e usa como suporte apenas a progressão de acordes: e aí se destacam Lee Morgan e Woody Shaw, dois dos principais trompetistas que, ao improvisar, pareciam criar outras melodias que davam continuidade ao tema principal. É por esse cruzamento de influências que Alex Sipiagin mostra uma combinação perfeita de timbre suave com improvisação melódica, mesmo quando seu discurso se torna denso ou se aproxima de ostinatos e frases ágeis articuladas em linguagem bop.


Ouça no Site do Vagner Pitta os discos Returning (2004), Equilibrium (2005) e Out of the Circle (2008)As composições de Sipiagin também são claramente bem desenvolvidas, líricas e peculiares, o que explica porque a maioria das faixas dos seus discos tem, em média, oito minutos de duração. Em determinadas composições ele parece escrever o tema de forma sempre vertical para cada instrumento dos seus quintetos e sextetos (dois dos principais combos com os quais trabalha): como se estivesse escrevendo melodias separadas para cada instrumento na intenção de juntá-las depois em contraponto, criando, assim, a harmonia de suporte que caracterizaria o tema. O estilo, tanto de improvisar como de compor, está situado na linguagem do neo-bop e, principalmente, na versão contemporânea do post-bop, que começou a se evidenciar em meados dos anos 80 e 90 com os tentos acústicos da geração de Joe Lovano, Pat Metheny e Michael Brecker e, atualmente, segue com jovens como Chris Potter, Kurt Rosenwinkel, Mark Turner, Antonio Sanchez entre muitos outros músicos que, além do fato em comum de terem sido revelados pela gravadora Criss Cross, seguem cada vez mais sofisticados dentro dessa linguagem que chega a fazer uso de uma certa dose de ecletismo – inclusive, com sonoridades que lembram o fusion e o pop – sem destoar, contudo, o aspecto estritamente acústico e jazzístico dos temas, bem como dos seus desenvolvimentos improvisativos. Nesta linhagem atual de som, o arranjo – escrito elaborado – passa a ter uma atuação tão proeminente quanto à improvisação; e a harmonia – muitas vezes modal – passa a ganhar cores novas e vivas.

Mirrors (2003) - Alex Sipiagin, Adam Rogers, David Kikoski, Boriz Kozlov, Jonathan BlakeReturning (2004) - Alex Sipiagin, Seamus Blake, Scott Colley, Antonio Sanchez [PLAY] Equilibrium (2005) - Alex Sipiagin, David Kikoski, David Binney, Scott Colley, Gene Jackson Mirages (2009) - Alex Sipiagin, Seamus Blake, Mulgrew Miller, Boriz Kozlov, Jonathan Blake
Desde 2001, quando começou sua carreira solo na gravadora Criss Cross, Alex Sipiagin já lançou nove discos e passou a ser não só um dos músicos mais articulados e requisitados no cenário de Nova Iorque como adquiriu uma considerável atenção internacional, o que engordou sua agenda com digressões européias e asiáticas. O que Alex Sipiagin vem realizando em cada disco que lança é expressar, através do post-bop norte-americano, seus sentimentos, as facetas e as nuances relacionados à sua ex-União Soviética. Ultimamente Sipiagin anda divulgando, na liderança da sua própria banda, o seu último lançamento, Mirages (Criss Cross, 2009), onde expõe, sonoricamente, as nuances que expressam as “miragens” que sentiu ao visitar uma Rússia totalmente moderna e em modificação. Mas Sipiagin também está atuando como sideman de Dave Holland, com quem contribui nos dois volumes do título Pass it On: um como solista da big band do contrabaixista pela gravadora ECM em 2002, e na gravação mais recente pela Dare2 Records em 2008, essa com uma banda em formato de sexteto. Dentre suas aspirações em solos internacionais, Alex Sipiagin tem como sonho e foco não só levar sua música à solos europeus, mas ampliar a aceitação do jazz em centros da Rússia, país onde nasceu e sofreu com a aprendizagem musical do jazz, música que, por ser norte-americana, era totalmente proibida pela política comunista em seus tempos de adolescência. Dos nove discos da discografia solo de Sipiagin, disponho de três – Returning (2004), Equilibrium (2005) e Out of the Circle (2008) – nos quais os colegas e visitantes poderão conferir os talentos e as peculiaridades do trompetista: basta acessar a minha página no Multiply para ouví-los na íntegra e ter acesso às respectivas resenhas em inglês. Para quem já tem página no Multiply, o acesso é imediato. Para quem ainda não possui, basta preencher um cadastro rápido e, em seguida, poderá não só ouvir Alex Sipiagin como também já terá o acesso irrestrito ao meu acervo virtual, com fotos, discos e resenhas em português dos mais variados músicos e estilos do jazz e da música instrumental brasileira. Clique nas fotos para ter acesso aos aúdios e links. Clique na foto do disco Equilibrium para ouvir a linda faixa Mood 2!


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