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Anthony Braxton/Milford Graves/William Parker - Beyond Quantum (2008)

Muitos apreciadores de jazz afirmam que não há mais músicos como os famosos ícones de algum tempo atrás: como Mingus, Monk, Trane, etc. Verdade: estes exemplos citados realmente não existem mais em pessoa, e o desaparecimento deles acabam por nos lembrar como eles se tornaram tão especiais, bem como nos acorda para lembrar das suas singularidades. Isso é processo saudável para o desenvolvimento da arte. Agora, afirmar que não existem músicos tão geniais quanto eles...ah, isso é um imenso equívoco, definitivamente. Este espaço, por exemplo, tem divulgado o quanto é contínuo e fértil o campo do jazz e seus estilos: seja no chamado mainstream, seja na vanguarda ou nos redutos do experimentalismo.

Anthony Braxton é uma dessas lendas vivas. Braxton é um dos mais contundentes exemplos que anulam as afirmações dos respectivos saudosistas. Braxton, seguramente, é um descendente direto de Charlie Parker, tendo também clara influência de Paul Desmond e Ornette Coleman em muitos dos seus trabalhos. Sua maestria em toda a família de saxofones, clarinetes e flautas é surpreendente! Além da sua volumosa obra composicional para solos e conjuntos grandes, ele também é um brilhante improvisador. Pouco se lembra, mas Braxton também foi peça fundamental na Associação para o Avanço de Músicos Criativos (AACM) em Chicago, que inaugurou novos parametros para a música.

Milford Graves é um percussionista único, tendo suas raízes na música cubana, chegando a tocar em grupo de salsa com Chick Corea em sua juventude, fato curioso que nem sempre é mencionado nas discografias. Depois ampliou seu discurso percussivo na música do Oriente. Só despertou interesse pelo jazz quando ouviu alguns bateristas do gênero que se libertaram dos compassos quaternários convencionais. Graves é herbalista, mestre em artes marciais e acumpunturista e aplica seus conhecimentos nestas áreas em sua arte musical, fato que - junto ao seu gosto pelas sonoridades afro-cubanas e orientais - explica porque sua improvisação percussiva é tão original e própria. Aliás, Graves tem uma técnica impressionante e apurada, bem distinta dos bateristas oriundos do jazz como Sunny Murray e Andrew Cyrille. Participou de grandes momentos do free jazz ao lado de Albert Ayler, New York Art Quartet e David Murray.

William Parker é um dos grandes músicos do free jazz setentista ao lado de nomes oriundos o cenário Loft Jazz, bem como do jazz atual ao lado de instrumentistas mais jovens como o pianista Matthew Shipp. Além de excelente baixista, toca outros instrumentos como o cello, percussão e sopros. Tem uma grande e significativa obra composicional, que varia de solo à grandes conjuntos, assim como Anthony Braxton. Parker também um dos fundadores de um dos mais importantes eventos da música de vanguarda, o Vision Jazz Festival.

Na gravação Beyond Quantum, temos o primeiro encontro registrado destes três grandes artístas fazendo, com maestria, a arte da improvisação. Esta sessão foi gravada no estúdio do baixista e produtor Bill Laswell e é um momento histórico do free jazz, pois é a primeira vez que Braxton e Graves se encontram. A gravação se divide em cinco partes, chamadas de meetings (encontros).

Beyond Quantum foi lançado pela gravadora Tzadik em 2008, a qual John Zorn é propietário. Além de lançar seus numerosos projetos, também contribui na divulgação de muitos artístas que encontram dificuldade no restrito mercado fonográfico ou que sofrem pela falta de interesse do grande público para outras formas de arte musical. Mesmo com o orçamento reduzido e as dificuldades de um selo independente, a Tzadik tem sido um oásis para a música independente e de vanguarda.

Ouça:

Beyond Quantum
 ou Beyond Quantum


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